“Depois de ter sido eleito e tomado posse como membro do Governo, não tive nenhum contacto directo ou indirecto com Silva Carvalho”, assegurou Miguel Relvas. “Não recebi nenhuma mensagem, nenhum mail, nenhum contacto, exceptuando jantar no Algarve”, assegurou durante a audição sobre as Secretas.

Miguel Relvas recusou ainda ter recebido um relatório com sugestões de nomes para as secretas, apesar de ter admitido, na primeira audição (a 15 de Maio), que recebeu duas mensagens escritas com sugestões de nomes para o SIS e para o SIED.

Além disso, o ministro afirmou ainda que o seu nome não consta do despacho de acusação a Silva Carvalho. “O meu nome não figura no despacho de acusação em que é arguido o Dr. Silva Carvalho, conforme consta de uma nota de esclarecimento que entretanto recebi, por solicitação minha, do Departamento de Investigação e Acção Penal”, afiançou.

O ministro disse ainda que só soube dos contactos do seu adjunto Adelino Cunha na passada sexta-feira, após ter recebido o pedido de demissão (que ocorreu após ter sido noticiado de que Adelino Cunha tinha mantido contacto com Silva Carvalho em Setembro do ano passado. “Só soube da situação do meu adjunto na sexta-feira, quando anunciou que se iria demitir”. “Não faltei à verdade”, garante Relvas.