Notícia
Rehn: "Ainda não estamos a salvo" da crise
O Comissário dos Assuntos Económicos Europeu, em discurso perante o Parlamento Europeu, afirmou acreditar que a recuperação económica global ainda não está garantida, e que as perspectivas de crescimento a curto prazo ainda são marcadas por muita incerteza.
15 de Setembro de 2010 às 15:47
Olli Rehn, Comissário dos Assuntos Económicos Europeu, afirmou hoje em discurso perante Comité dos Assuntos Económicos Europeus, no Parlamente Europeu, que apesar de a recuperação económica europeia já ter ganho impulso e direcção, a Europa ainda não se pode considerar a salvo de futuros problemas, pois as perspectivas futuras ainda se fazem acompanhar de muitas incerteza: “Primeiro, as perspectivas de crescimento a curto prazo são muito incertas: o crescimento nos Estados Unidos tem vindo a abrandar. Os mercados financeiros ainda estão frágeis na Europa. Segundo, em relação às políticas actuais, o potencial de crescimento europeu a longo prazo continua muito modesto; em média, abaixo dos 1,5% na próxima década”.
De facto, uma perfomance de exportações que o comissário apelida de sólida e uma boa procura doméstica contribuíram para a revisão em alta da previsão de crescimento para 1,8% para este ano para a União Europeia. Mas apesar destes sinais encorajadores, e de um desemprego que parece começar a recuperar, Rehn afirma não haver espaço para complacência. “Deve ser claro para todos nós que ainda não estamos a salvo. A necessária restauração da confiança exige trabalho em todas as frentes”.
Depois de, em Janeiro, ter afirmado a necessidade de se reforçar o Pacto de Estabilidade e Crescimento, “para consolidar as finanças públicas e facilitar o crescimento sustentável”, o comissário acredita que, mais do que nunca, são necessárias medidas sem precedentes para “garantir a estabilidade da economia da zona euro e da União Europeia”.
E acredita que foi graças às medidas de travagem financeiras tomadas em Maio passado e o compromisso de consolidação fiscal que os vários países europeus assumiram entretanto, bem como os testes de stress à banca e às medidas do Banco Central Europeu, que uma situação como a da falência do Lehman Brothers não teve lugar em terreno europeu.
“No entanto, todos devemos permanecer vigilantes e prontos a agir”, aconselha o comissário. “Em paralelo com a gestão da crise e reparação financeira, devemos continuar com a reforma fundamental da governação económica na Europa”, o que começou fazer-se com o reforço dos poderes de auditoria do Eurostat de modo a garantir a verdade e fiabilidade das contas públicas dos Estados-membros.
O primeiro Semestre Económico Europeu, a introduzir em Janeiro do próximo ano, é um dos produtos destas iniciativas. O segundo passo é dado a 29 de Setembro com a adopção de um pacote de propostas legislativas que visam transformar propostas políticas urgentes em instrumentos legais concretos.
No entanto, o comissário termina o seu discurso chamando a atenção para um factor que considera crucial: o tempo. “Precisamos que os instrumentos previstos para uma melhor governação económica se tornem reais e operacionais o mais cedo possível. Nós não temos o luxo do tempo”. E é neste tom que Rehn desafia os membros de Bruxelas a adoptarem as propostas do pacote de supervisão que estão em cima da mesa em menos de um ano, antes do Verão do próximo ano.
De facto, uma perfomance de exportações que o comissário apelida de sólida e uma boa procura doméstica contribuíram para a revisão em alta da previsão de crescimento para 1,8% para este ano para a União Europeia. Mas apesar destes sinais encorajadores, e de um desemprego que parece começar a recuperar, Rehn afirma não haver espaço para complacência. “Deve ser claro para todos nós que ainda não estamos a salvo. A necessária restauração da confiança exige trabalho em todas as frentes”.
E acredita que foi graças às medidas de travagem financeiras tomadas em Maio passado e o compromisso de consolidação fiscal que os vários países europeus assumiram entretanto, bem como os testes de stress à banca e às medidas do Banco Central Europeu, que uma situação como a da falência do Lehman Brothers não teve lugar em terreno europeu.
“No entanto, todos devemos permanecer vigilantes e prontos a agir”, aconselha o comissário. “Em paralelo com a gestão da crise e reparação financeira, devemos continuar com a reforma fundamental da governação económica na Europa”, o que começou fazer-se com o reforço dos poderes de auditoria do Eurostat de modo a garantir a verdade e fiabilidade das contas públicas dos Estados-membros.
O primeiro Semestre Económico Europeu, a introduzir em Janeiro do próximo ano, é um dos produtos destas iniciativas. O segundo passo é dado a 29 de Setembro com a adopção de um pacote de propostas legislativas que visam transformar propostas políticas urgentes em instrumentos legais concretos.
No entanto, o comissário termina o seu discurso chamando a atenção para um factor que considera crucial: o tempo. “Precisamos que os instrumentos previstos para uma melhor governação económica se tornem reais e operacionais o mais cedo possível. Nós não temos o luxo do tempo”. E é neste tom que Rehn desafia os membros de Bruxelas a adoptarem as propostas do pacote de supervisão que estão em cima da mesa em menos de um ano, antes do Verão do próximo ano.