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"Portugal é o País que menos trabalha na Europa"

José António Barros, presidente da AEP, defendeu que "não faz sentido" que se reduzam os salários de uma forma genérica, considerando que há outras questões que aumentam a competitividade. O responsável salientou que "Portugal é o País que menos trabalha na Europa", devido ao elevado número de feriados.

02 de Fevereiro de 2010 às 13:34
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José António Barros, presidente da AEP, defendeu que “não faz sentido” que se reduzam os salários de uma forma genérica, considerando que há outras questões que aumentam a competitividade. O responsável salientou que “Portugal é o País que menos trabalha na Europa”, devido ao elevado número de feriados.

As declarações do responsáveis surgem depois do Fundo Monetário Internacional (FMI) ter defendido que Portugal, Espanha e Grécia vão ter que baixar salários devido à situação das suas finanças públicas. "Devido à crise, Portugal, Espanha e Grécia enfrentam sérias dificuldades que implicam ajustes muito penosos, sobretudo quando a taxa de inflação é muito baixa", acrescentou o economista do FMI Olivier Blanchard, numa entrevista ao francês “Les Echos”.

“O sinal que foi dado na Função Pública, ao não haver qualquer aumento [salarial] é francamente positivo”, afirmou António Barros.

“Ao nível da iniciativa privada, se muitos sectores não devem aumentar salários, há outros que têm condições para o fazer. Não devemos entrar na casa dos outros para dizer o que devem ou não fazer. Agora reduzir, de uma forma genérica, os salários de todo o País acho que não faz muito sentido”, acrescentou.

“Não é só preciso reduzir os salários para aumentar a competitividade. Há muitos outros aspectos, como a questão dos feriados. Portugal é o País que tem o valor mais elevado da Europa ao nível do somatório dos dias de férias e feriados”, salientou.

“Portugal é o País que menos trabalha na Europa. Aqui está um ponto onde se pode aumentar a produtividade, colocando o nosso nível de feriados ao nível da média europeia”, sublinhou.

“Há ainda outra questão que tem que ver com a revisão da lei laboral. Falo da flexibilidade”, concluiu, à margem da assinatura de um protocolo com os CTT.

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