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"O que diria o deputado Mota Soares ao ministro Mota Soares?"

A oposição criticou a política social do actual Governo reflectida na proposta do Orçamento, lembrando ao titular da pasta da solidariedade os tempos recentes em que liderava a bancada do CDS-PP.

11 de Novembro de 2011 às 11:16
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O deputado socialista Miguel Laranjeiro classificou este como o “orçamento mais anti-social, mais anti-família, mais anti-emprego e mais anti-economia dos últimos anos”, confrontando o ministro com as posições que defendia há meio ano quando estava na oposição.

“O que diria o deputado Pedro Mota Soares ao ministro Pedro Mota Soares sobre o Orçamento do Estado para 2012? Dois metros de distância entre a bancada do CDS e a bancada do Governo fazem toda a diferença na insensibilidade social”, resumiu.

O deputado socialista criticou ainda o corte nas reformas dos pensionistas que recebem acima de 485 euros durante o próximo ano, questionando “é isto a ética social?”. E lembrou também um compromisso do Executivo: o de implementar um “visto familiar” em todas as decisões do conselho de ministros, em que se avalia o impacto da medida para as famílias.

Também o parlamentar do PCP, Jorge Machado, aproveitou este anúncio passado para perguntar se esse carimbo familiar foi aplicado quando o Executivo decidiu cortar o desconto nos transportes aos estudantes e idosos.

Pelo lado do Bloco, a deputada Mariana Aiveca confrontou o ministro da Segurança Social com as cartas que estão a ser enviadas pela tutela aos “falsos recibos verdes”, como as amas, notificando-os que “incorrem em crime de abuso de confiança com pena de prisão se não pagarem a dívida que no passado [enquanto deputado do CDS] dizia que era um confisco?”.

Na resposta, Pedro Mota Soares referiu apenas as penalizações para as empresas que não entregam ao Estado os descontos dos funcionários – “nem sequer me passa pela cabeça que a Segurança Social não aja relativamente a entidades patronais que retenham a contribuição dos trabalhadores”. Luís Fazenda, do Bloco, interpelou a mesa para lembrar que os avisos “não estão a ser feitos apenas às empresas, mas também aos falsos recibos verdes”.

Dirigindo-se ao PS, Mota Soares sustentou que “se há matéria em que o país precisa de estabelecer compromissos e consensos é nesta matéria social”.

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