Notícia
"É complicado" melhorar o crédito à economia
Presidente do BES diz que a banca ainda não tem condições de oferecer financiamento às empresas de forma mais alargada
"As taxas do BCE não se transmitem directamente à economia". Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo (BES) explicou assim, durante a cerimónia de entrega dos prémios Exportação e Internacionalização promovidos pelo banco e pelo Negócios, porque é que a banca ainda não está a dar melhores condições às empresas.
"Ainda é complicado", garante o responsável, uma vez que, segundo Salgado, os bancos não conseguem obter margens para melhorar o crédito, até porque as instituições financeiras têm de reembolsar os mercados internacionais. O presidente do BES diz, por exemplo, que o banco teve de reembolsar compromissos com entidades internacionais de 20 mil milhões, face aos 10 mil milhões a que teve acesso do BCE.
A falta de crédito tem sido uma das críticas mais recorrentes à actuação da banca nesta crise, sendo que para algumas empresas a ausência de crédito e a reputação do País está a colocar vários entraves à sua actividade. João Bento, presidente da Efacec, recordou a "debandada de bancos internacionais. Isso não tem tanto que ver com as empresas, mas mais com a vontade de reduzir a presença em Portugal".
Paulo Fernandes, presidente da Altri e da Cofina (que detém o Negócios) admitiu que "no que diz respeito ao financiamento, as condições não são óptimas", mas o responsável acrescentou que já "há quem esteja a conseguir" melhorar condições.
Um exemplo de empresa que se consegue financiar é a EIP, cujo presidente, José Horta Osório, diz que nunca teve problemas, apesar de ser uma empresa portuguesa especializada em sistema de distribuição de energia. A EIP está em 11 países, incluindo os EUA e a Venezuela.
Alemanha e portos
Em dia de visita da chanceler alemã, as relações entre Portugal e a Alemanha também não faltaram ao debate, até porque dois dos prémios foram entregues a entidades ligadas ao país: a Câmara do Comércio Luso-Alemã e a Volkswagen Autoeuropa.
Ricardo Salgado sublinhou que neste momento não se estima "nenhum investimento de um grande grupo alemão em Portugal", com Melo Pires, da Autoeuropa, a explicar posteriormente que o enfoque de Portugal deve estar nas PME alemãs.
António Redondo, da Portucel Soporcel esclareceu, por outro lado, que para a empresa o maior obstáculo neste momento é "logístico", por causa da greve dos portos, que não só prejudica os negócios, mas também a credibilidade da papeleira e de Portugal. A greve dura desde Agosto deste ano e continua a ser prolongada.
As melhores exportadoras
Os prémios atribuídos esta segunda-feira, na parceria entre Negócios e BES centraram-se no sector industrial, da construção e na indústria metálica.
Outros prémios
Melhor exportadora com capitais estrangeiros
Este prémio foi atribuído à Continental Mabor, fabricante de pneus.
Melhor grande empresa exportadora - Bens transaccionáveis
Venceu a farmacêutica Hovione, com a menção honrosa a ir para a BA Vidros, que se dedica a fabricar garrafas de vidro.
Melhor grande empresa exportadora - Serviços
Nesta categoria houve três empresas que o júri premiou. A vencedora foi a MSF, do sector da construção e engenharia. As menções honrosas foram para a tecnológica WeDo e para a Douro Azul, que opera barcos de turismo no Douro.
Câmara de comércio
O vencedor foi a Câmara de Comércio Luso Alemã, representada por Bernando Meyrelles.
Prémio especial do júri
A Volkswagen Autoeuropa recebeu esta distinção do júri colectivo da iniciativa Prémios Jornal de Negócios/BES Exportação e Internacionalização.
Prémio Associação Empresarial
A vencedora foi a APICAPPS - Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos presidida por Fortunato Frederico.
"Ainda é complicado", garante o responsável, uma vez que, segundo Salgado, os bancos não conseguem obter margens para melhorar o crédito, até porque as instituições financeiras têm de reembolsar os mercados internacionais. O presidente do BES diz, por exemplo, que o banco teve de reembolsar compromissos com entidades internacionais de 20 mil milhões, face aos 10 mil milhões a que teve acesso do BCE.
Paulo Fernandes, presidente da Altri e da Cofina (que detém o Negócios) admitiu que "no que diz respeito ao financiamento, as condições não são óptimas", mas o responsável acrescentou que já "há quem esteja a conseguir" melhorar condições.
Um exemplo de empresa que se consegue financiar é a EIP, cujo presidente, José Horta Osório, diz que nunca teve problemas, apesar de ser uma empresa portuguesa especializada em sistema de distribuição de energia. A EIP está em 11 países, incluindo os EUA e a Venezuela.
Alemanha e portos
Em dia de visita da chanceler alemã, as relações entre Portugal e a Alemanha também não faltaram ao debate, até porque dois dos prémios foram entregues a entidades ligadas ao país: a Câmara do Comércio Luso-Alemã e a Volkswagen Autoeuropa.
Ricardo Salgado sublinhou que neste momento não se estima "nenhum investimento de um grande grupo alemão em Portugal", com Melo Pires, da Autoeuropa, a explicar posteriormente que o enfoque de Portugal deve estar nas PME alemãs.
António Redondo, da Portucel Soporcel esclareceu, por outro lado, que para a empresa o maior obstáculo neste momento é "logístico", por causa da greve dos portos, que não só prejudica os negócios, mas também a credibilidade da papeleira e de Portugal. A greve dura desde Agosto deste ano e continua a ser prolongada.
As melhores exportadoras
Os prémios atribuídos esta segunda-feira, na parceria entre Negócios e BES centraram-se no sector industrial, da construção e na indústria metálica.
Melhor exportadora revelação A vencedora nesta categoria foi a Chama Amarela, empresa do sector industrial. A menção honrosa foi atribuída à empresa Tunipex, que trabalha no sector das pescas. | |
Melhor PME Exportadora - Serviços Este prémio foi atribuído pelo júri à Diviminho, que actua no sector da construção. O galardão foi recebido por Mário Barbosa e entregue por Pedro Santos Guerreiro, director do Negócios. Não houve menção honrosa. | |
Prémio Exportação + Emprego Nesta categoria venceu a SIMI, também do sector industrial. O prémio foi recebido por António Parente e entregue por Ricardo Salgado, presidente do BES. A menção honrosa foi atribuída à Couro Azul. | |
Melhor PME - Bens Transaccionáveis A vencedora foi a Durit, que produz ferramentas e peças de metal. O prémio foi recebido por Flausino Silva, Manuel Valente e Michael Mense, e entregue por António Melo Pires, da Autoeuropa. A menção honrosa foi para a Grestel, que produz artigos de mesa e acessórios de servir. |
Outros prémios
Melhor exportadora com capitais estrangeiros
Este prémio foi atribuído à Continental Mabor, fabricante de pneus.
Melhor grande empresa exportadora - Bens transaccionáveis
Venceu a farmacêutica Hovione, com a menção honrosa a ir para a BA Vidros, que se dedica a fabricar garrafas de vidro.
Melhor grande empresa exportadora - Serviços
Nesta categoria houve três empresas que o júri premiou. A vencedora foi a MSF, do sector da construção e engenharia. As menções honrosas foram para a tecnológica WeDo e para a Douro Azul, que opera barcos de turismo no Douro.
Câmara de comércio
O vencedor foi a Câmara de Comércio Luso Alemã, representada por Bernando Meyrelles.
Prémio especial do júri
A Volkswagen Autoeuropa recebeu esta distinção do júri colectivo da iniciativa Prémios Jornal de Negócios/BES Exportação e Internacionalização.
Prémio Associação Empresarial
A vencedora foi a APICAPPS - Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos presidida por Fortunato Frederico.