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"Benefícios" estão a ficar menos generosos

O corte de custos a que as empresas estão obrigadas está a introduzir alterações na política de benefícios, que representa, ainda assim, 12% da totalidade do pacote retributivo.

30 de Março de 2012 às 00:01
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As empresas estão a diminuir os "plafonds" de chamadas nos telemóveis e a diferenciá-los mediante a função, a restringir os modelos e os valores médios de renda mensal dos automóveis que são atribuídos aos colaboradores, assim como o gasto médio para combustível, e a reduzir a comparticipação de coberturas e franquias nos planos médicos. O corte de custos a que as empresas estão obrigadas está a introduzir alterações na política de benefícios, que representa, ainda assim, 12% da totalidade do pacote retributivo.

O Estudo Salarial anual elaborado pelo Hay Group, referente a 2011, refere que, depois de taxas de crescimento "agressivas" até 2009, nos últimos dois anos o peso no "mix" retributivo – o valor dos benefícios no pacote retributivo total – "permaneceu quase inalterado, sobretudo devido à pressão para o controlo de custos". Ou seja, as empresas mantêm os benefícios, mas eles estão a ficar menos "generosos".

Entre as alterações identificadas por esta consultora de gestão junto de 203 empresas de 11 sectores a operar no mercado português está o aumento da percentagem de empresas que atribuem planos de pensões. Este é, porém, um dos benefícios menos comuns, a par do seguro de acidentes pessoais. No extremo oposto, o automóvel e o plano médico são os mais frequentes. Da lista de benefícios apurada constam ainda os seguros de vida, o telemóvel, dias de férias extra, produtos da empresa ou empréstimos pessoais.

Outra tendência desde o início da crise financeira é a quebra no peso da retribuição variável, de 12% para 10%, mesmo que mais de 90% continuem a recorrer a ela. Os dados recolhidos pelo Hay Group na mesma amostra – 58% são multinacionais, mais de 80% facturam mais de 40 milhões de euros e 31% têm mais de 400 colaboradores – mostram que não só diminuiu o peso da retribuição variável no "mix" total, como 35% das empresas não pagaram qualquer componente relativa aos resultados de 2010.



Lisboa paga acima da média

Num ano em que metade das empresas não aumentou um único colaborador em mais de 2%, pelo terceiro ano consecutivo, "os maiores aumentos percentuais vão para os níveis hierárquicos mais baixos".

O mesmo estudo evidencia ainda disparidades salariais no País: o salário base em Lisboa é superior à média nacional em 6%, com o Porto a perder em competitividade para a capital em todos os níveis funcionais. A "Invicta" é superada inclusive pela região Centro nas direcção de primeira linha.

O salário base em funções menos qualificadas é superior em Lisboa e no Centro e Sul, sendo o Norte (excluindo o Porto) menos competitivo. Aqui, as funções técnicas e de chefia intermédia chegam a receber 15% abaixo da média nacional.

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