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Quinto dia de negociações: Pasok tenta formar governo para a Grécia

Depois da Coligação de Esquerda Radical é agora a vez dos socialistas do Pasok, liderados por Evangelos Venizelos, tentarem formar um governo de coligação. A tarefa está longe de ser fácil. O mais provável é que o país volte a ter eleições legislativas dentro de, aproximadamente, um mês.

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9h25 A Coligação da Esquerda Radical, conhecido como Syriza, venceria as eleições na Grécia se o sufrágio fosse hoje. A força política não teria, ainda assim, maioria absoluta, de acordo com a primeira sondagem pós-eleitoral.

O Nova Democracia, vencedor das eleições de domingo, desce para segundo lugar, enquanto o Pasok permanece no terceiro lugar, embora recolhendo menos votos, segundo a sondagem do instituto Marc para a Alpha TV.

9h23
Wolfgang Schäuble voltou a dirigir duras palavras à Grécia: a Alemanha quer que a Grécia permaneça no euro. Não a pode obrigar é obrigar a permanecer na união monetária.

O ministro das Finanças alemão disse hoje que a Zona Euro estaria preparada para uma situação imprevisível como a saída da Grécia do euro.

9h18
Começa hoje o quinto dia para tentar formar um governo na Grécia. É o Pasok que tem o mandato presidencial, depois das tentativas falhadas do Nova Democracia e do Syriza.

Evangelos Venizelos, depois do acordo com a Esquerda Democrática, vai encontrar-se com os líderes dos restantes dois partidos mais votados nas eleições de domingo (Nova Democracia e Syriza).

Quinta-feira, 10 de Maio

16h15
O antigo membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Axel Weber, não acredita na saída da Grécia da Zona Euro.

"Olhem para a região onde está a Grécia: Roménia, Albânia, Bulgária. "[Países que estão] numa trajectória de crescimento [e] que fariam tudo [para estar no euro]", alertou o actual "chairman" do banco suíço UBS.

"Pensam mesmo que a Grécia pensa em desistir disso tudo?", continuou Weber, deixando, também ele, uma resposta: "Eu não".

O antigo membro do BCE defende, ainda assim, que o risco de um incumprimento da Grécia não está fora das possibilidades.

15h52 "Teria sido desejável se os países do euro tivessem empurrado a Grécia para fora do euro há três anos". A opinião é do analista de mercados Marc Faber.

Se tal tivesse acontecido, e se os governos não tivessem recorrido a resgates, teria sido poupada "uma grande agonia", acrescentou o "Senhor Pessimista", em entrevista à Bloomberg TV.

13h25
A taxa de desemprego na Grécia subiu para 21,7% em Fevereiro, quando, em igual mês do ano passado, a taxa se situava nos 15,2%.

Num ano, mais de 318 mil pessoas entraram no desemprego. Este número reflecte, quando dividido pelos 366 dias do referido período, que, a cada dia, 870 pessoas entram na lista de desempregados.

13h20
O Wordpress retirou do activo o blogue do partido nacionalista Aurora Dourada (Golden Dawn). A quebra de regras de utilização, como o incitamento à violência, foi um dos motivos apresentados para que a plataforma tenha tomado a decisão, aponta o jornal grego "Kathimerini". Quando se visita a página do blogue do partido, encontra-se a indicação de que a página "não está disponível".

Entretanto, escreve o "Athens News", o partido já criou uma outra página, dizendo que a suspensão do blogue não foi democrática, acrescentando que tal postura só serve para aumentar a raiva contra o "poder estrangeiro".

Como descreve o "Athens News", o blogue foi utilizado para ameaçar uma jornalista que escreveu um artigo negativo sobre o partido. Numa conferência de imprensa, a força política pediu para que os jornalistas se levantassem perante o dirigente.

A Aurora Dourada conquistou 21 assentos parlamentares nas últimas eleições ao arrecadar 6,97% dos votos, superando as previsões nas sondagens.

12h46 É óbvio que o Pasok quer manter a Grécia no euro, declarou o seu líder. Evangelos Venizelos quer formar um governo de unidade nacional que seja pró-europeu, acrescentou.

"Os gregos não deram um claro mandato com o seu voto, mas é óbvio que querem estabilidade", afirmou Venizelos, no dia em que recebeu o mandato presidencial para tentar formar um governo para o país nos próximos três dias, depois das tentativas falhadas da Nova Democracia e do Syriza.

O antigo ministro das Finanças helénico vai tentar constituir um governo de coligação, que não seja, portanto, formado apenas por um só partido. Num discurso hoje, Venizelos admitiu que o socialista Pasok tinha sido punido nas últimas eleições e que, por isso, tinha percebido a mensagem. Os gregos não ficaram convencidos pelo trabalho feito durante a sua passagem pelo governo, desde 2009, disse Venizelos.

Venizelos afirmou, também, que rejeita qualquer governo que rejeite as condições do resgae, como é o caso da Coligação de Esquerda Radical, Syriza.

12h19 Evangelos Venizelos já recebeu o mandato para tentar formar um governo na Grécia com apoio parlamentar.

O líder do socialista Pasok recebeu o mandato do presidente da Grécia, Karolos Papoulias. Venizelos tem agora três dias para concretizar a formação de um governo.

A prioridade, admitiu já o antigo ministro das Finanças, é tentar explorar as possibilidades para formar um governo de coligação.

10h57
Depois da Coligação de Esquerda Radical ter falhado o mandato para formar governo, a palavra será hoje dada aos socialistas dos Pasok. Evagelos Venizelos receberá do presidente da república o seu mandato para formar governo após as 13h00 (hora local), hora em que está agendado um encontro com Alexis Tsipras e o chefe de Estado.

De acordo com o "Athens News", Venizelos reúne-se ainda hoje com Fotis Kouvelis da Esquerda Democrática e Pannos Kammenos dos Gregos Independentes. Para amanhã estão previstos encontros com o líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, e Alexis Tsipras, líder da Coligação de Esquerda Radical.

Quarta-feira, 9 de Maio

19h12 "Não se pode ajudar alguém que não está preparado para fazer o trabalho de casa". A frase é de Ewald Nowotny, do conselho do Banco Central Europeu (BCE), relativamente à posição do Syriza, a força política Coligação de Esquerda Radical, que quer rasgar os compromissos com a troika.

"[Os programas de ajuda externa] só podem funcionar se houver uma cooperação com o país a que dizem respeito", adiantou, também, o governador do banco central da Áustria.

18h05 O protocolo não permite encontros do presidente de França com líderes de partidos políticos estrangeiros, o que justifica a rejeição do encontro de François Hollande com Alexis Tsipras, o líder da Coligação da Esquerda Radical, reporta o "Athens News", citando uma notícia da agência italiana Ansa.

Também foi avançado que Tsipras pretendia reunir-se com Angela Merkel, embora o porta-voz tenha dito que não foi feito nenhum convite formal. No entanto, terá sido dito que "a chanceler só se encontra com chefes de Estado e de governo".

17h28 "Eles têm de decidir se ficam ou não na Zona Euro. Se a Grécia decidir não ficar na Zona Euro, não a podemos impedir”, alertou Wolfgang Schäuble, o ministro das Finanças alemão.

"Não há falta de solidariedade. Mas a Grécia não pode ser poupada a esta consolidação. É óbvio que é por isso que a grande maioria dos gregos quer ficar na Zona Euro, porque os gregos sabem que as alternativas para a Grécia não são positivas", declarou Schäuble, segundo a Bloomberg.

17h25 Da Alemanha têm saído palavras de críticas à postura de Alexis Tsipras, o líder da Coligação de Esquerda Radical, que está, neste momento, a tentar formar um governo e que já anunciou que o seu objectivo é quebrar os compromissos com a troika.

"Sempre disse que ultrapassar a crise é um processo longo e extenuante e sempre a quis resolver de um modo que a Grécia permaneça como membro da Zona Euro. Nada mudou a esse respeito. O que se mantém válido é que os acordos com a troika e os objectivos das reformas têm de ser respeitados", afirmou a chanceler alemã Angela Merkel, numa entrevista ao alemão Neue Presse, a que a Bloomberg teve acesso antes da publicação.

15h12 O líder do Syriza, a Coligação de Esquerda Radical, quer encontrar-se com François Hollande, o recém eleito presidente da França. A notícia está a ser avançada pela Reuters, que indica que já terá sido comunicado a Hollande este objectivo.

Como líder do partido de Esquerda mais votado nas eleições na Grécia, Alexis Tsipras estará, como escreve o "Guardian", a mover-se para se assumir como o dirigente dessa ala do espectro político na Grécia, à frente de Evangelos Venizelos, líder dos socialistas do Pasok. Tsipras, que está a tentar formar um governo no país, pretende que sejam rasgados os compromissos incluídos no pacote de resgate aos helénicos.

Hollande foi o candidato socialista que derrotou Nicolas Sarkozy nas eleições de domingo em França, defendendo, por exemplo, alterações ao pacto orçamental europeu para acrescentar medidas de aposta no crescimento.

12h38 Antonis Samaras, da Nova Democracia, afirmou hoje que estava disposto a dar um voto de confiança a um governo liderado pela Coligação de Esquerda Radical, o Syriza. Mas já não está. As declarações de ontem do dirigente desta coligação, em que Alexis Tsipras pediu a Samaras para rasgar o acordo com a troika, vieram alterar essa posição.

Rejeitar as condições do resgate externo, como pede Tsipras, vai conduzir a Grécia para fora da Zona Euro, como refere o "Athens News".

Samaras vai, hoje, encontrar-se com Tsipras, que tenta, nesta altura, formar um governo para o país. "Espero que Tsipras recupere o bom-senso até ao nosso encontro de hoje. Se assim não for, isso significa que está a tentar criar uma frente anti-Europa", afirmou, de acordo com a mesma fonte.

"Os gregos não deram um mandato nem para a Grécia abandonar a Europa nem para a dissolução do país", atacou.

10h59 "Somos a frente anti-memorando. A luta para libertar o país está acima de tudo", afirmou Panos Kammenos, líder dos Gregos Independentes, que nas últimas eleições alcançou 33 lugares no parlamento.

"Todos os que fizeram mal a este país vão pagar o preço", afirmou Kammenos, acrescentando que não está disponível para se encontrar com os líderes da Nova Democracia e do Pasok.

O encontro de Panos Kammenos com Alexis Tsipras, que detém nesta altura o mandato para formar governo, está agendado para hoje às 17 horas (hora local, 15 horas em Lisboa).

9h33 A troika terá cancelado a viagem à Grécia, prevista para meados deste mês, notícia o jornal "Sueddeutsche Zeitung". Bruxelas, FMI e BCE vão esperar, segundo o jornal, por desenvolvimentos na situação política do país.

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, avisou ontem que os países intervencionados não têm alternativa a não ser "manter as medidas de consolidação orçamental e as reformas estruturais".

"Os Estados-membros têm que ser consistentes e implementar as medidas com que se comprometeram. Os países intervencionados não têm alternativa – à excepção do incumprimento desordenado, excepção que não considero uma alternativa – a não ser seguir as medidas de consolidação orçamental, as reformas estruturais e, como é óbvio, alguns objectivos de investimento que impulsionem o crescimento."

9h21 O líder da Coligação de Esquerda Radical reúne-se hoje com os líderes da Nova Democracia, Antonis Samaras e do Pasok, Evangelos Venizelos.

8h33 Evangelos Venizelos, líder do partido que ficou em terceiro lugar nas eleições da Grécia, não deverá aceitar o mandato para formar Governo, case falhem as negociações entre o Syriza e os restantes partidos de esquerda, que tiveram ontem início.

De acordo com o jornal "Proto Thema", citado pela Bloomberg, o antigo ministro das Finanças vai pressionar o líder do partido de esquerda radical, Alexis Tsipras, a formar um governo que tenha como objectivo manter a Grécia no euro.

Terça-feira, 9 de Maio

20h31
O partido de extrema-direita Aurora Dourada (Golden Dawn) pediu aos jornalistas, na conferência de imprensa de domingo, que se levantassem à entrada e saída do líder do partido, Nikolaos Mihaloliakos. Na altura, vários jornalistas saíram da sala. Hoje, a federação de jornalistas gregos acusou o partido ultranacionalista de intimidar os profissionais.

"A Federação Grega de Jornalistas (POESY) avisa os nostálgicos de Hitler e, nomeadamente, os 'homens corajosos em t-shirts pretas' que nenhum jornalista será coagido, ameaçado e, acima de tudo, aterrorizado", indica o comunicado citado pela agência Reuters.

A Aurora Dourada obteve 21 assentos no parlamento na sequência do sufrágio de domingo, em que conquistou 6,97% dos votos.

20h10 O Pasok juntou-se à Nova Democracia e não vai retirar o apoio ao plano de resgate acordado com a troika. O futuro da Grécia está, para o líder Evangelos Venizelos, num "governo de unidade" nacional.

"Pedimos aos cidadãos gregos para apoiar... propostas para um governo de unidade nacional, com base em todas as forças que querem a Grécia na Europa e no euro", afirmou o antigo ministro das Finanças, que assinou o acordo com a troika para os pacotes de ajuda externa ao país.

Depois do falhanço da Nova Democracia em formar um governo, o dirigente da Coligação de Esquerda Radical, o Syriza, recebeu hoje, do presidente da Grécia, o mandato para constituir um governo, já que foi a segunda força política mais votada nas eleições de domingo.

Alexis Tsipras está agora a reunir-se com forças políticas para obter uma maioria parlamentar que dê suporte ao governo. Caso o Syriza não consiga concluir esta tarefa, caberá ao Pasok a tarefa de tentar formar um governo, já que foi a terceira força mais votada no domingo.

18h19 Antonis Samaras acusou Alexis Tsipras de não querer formar governo e de mostrar "uma profunda arrogância" na forma como interpretou os resultados eleitorais. O líder da Nova Democracia afirmou ainda, segundo o "Athens News", que Tsipras está a levar o país para o caos. "Se todas as coisas que Tsipras anunciou acontecessem, a Grécia irá sair da Zona Euro", acrescentou.

"É isso que ele [Alexis Tsipras] quer? Se é, o melhor é ser honesto e dizê-lo."

Samaras apelou ainda a Tsipras para que "recupere o bom senso" antes do encontro dos dois líderes, agendado para esta semana.

"O meu partido só participará numa coligação governamental que garanta a segurança e o futuro da Grécia dentro da Zona Euro", disse Samaras.

17h56 A abstenção nas eleições legislativas da Grécia foi a mais elevada de sempre, segundo dados divulgado pelo ministério do Interior e citados pelo "Kathimerini". A taxa de abstenção fixou-se em 34,9%, acima dos 18,8% conquistados pela Nova Democracia, o partido mais votado no domingo. O número dos gregos que não se dirigiram às urnas em relação ao número de eleitores superou, de acordo com a mesma fonte, o recorde alcançado em 2009. Foram preenchidos mais de 6,46 milhões de boletins de um total de quase 9,95 milhões possíveis este domingo.

16h53 Jörg Asmussen, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu, avisou os líderes políticos gregos que o acordo de resgate não pode ser renegociado.

Em resposta às declarações de Alexis Tsipras, Asmussen afirmou, citado pelo "The Guardian" que a Grécia deve respeitar os termos acordados com a troika, se quiser permanecer na Zona Euro.

16h20 Bolsa de Atenas fecha em mínimos de duas décadas.

Alpha Bank caiu mais de 14% e o Piraeus Bank perdeu 9,17%.

16h02
O Partido Comunista da Grécia (KKE, na sigla original) não vai fazer parte da coligação liderada pela Esquerda Radical, de acordo com o "Athens News". A secretária-geral Aleka Papariga recusou-se a encontrar-se com o líder da Syriza, a Coligação de Esquerda Radical, que tenta, neste momento reunir-se com dirigentes partidários para conseguir formar um governo para a Grécia.

O KKE, que conquistou 26 assentos parlamentares nas eleições de domingo, não vai assim juntar-se aos 52 deputados do Syriza nem aos 19 membros da Esquerda Democrática, partido que já disse sim a uma coligação de esquerda liderada por Alexis Tsipras. O Syriza precisa de 151 assentos parlamentares para obter uma maioria absoluta, que dê margem para a formação de um governo

15h09
Após serem conhecidas as propostas do Syriza (que inclui, entre outras, o controlo estatal dos bancos), a bolsa de Atenas acentuou as quedas e perde já mais de 6%. Alguns bancos estão a perder mais de 10%.

14h58 A Coligação de Esquerda Radical já recebeu o apoio da Esquerda Democrática, que nas eleições do passado domingo alcançou 19 lugares no parlamento.

Fotis Kouvelis defende que a Grécia deve permanecer no euro mas rejeita as condições do actual pacote de ajuda.

14h00 Após receber do Presidente da República o mandato para formar governo, Alexis Tsipras (na foto ao centro à entrada para a casa oficial do Presidente da República onde recebeu o mandato para formar governo), líder da Coligação de Esquerda Radical fez a seguinte declaração:

"É óbvio que o veredicto popular torna nulo o acordo de resgate"
. Tsipras pediu ainda uma moratória dos pagamentos da dívid
a e definiu os cinco pilares base do seu possível futuro governo.

Recorde aqui o que foi escrito desde o dia das eleições na Grécia

Nota: Este conteúdo será actualizado com a evolução dos acontecimentos
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