Álvaro Santos Pereira, que está a ser ouvido na comissão de economia da
Assembleia da República, afirmou na sua intervenção que "até ao dia 10 de Junho foram encaminhados para os centros de formação profissional 93.268 desempregados, para acções de formação".
Santos Pereira, que enunciou uma série de medidas que foram tomadas ao longo de um ano pelo seu ministério em jeito de balanço, adiantou que, a curto prazo, existem "dois problemas-chave" dentro das preocupações do Governo: o elevado nível do desemprego, "com todo o sofrimento que isso implica para a vida de milhares de famílias portuguesas", e o financiamento às empresas.
Segundo o ministro, este Governo já tem em prática políticas activas do emprego, como é o Estímulo 2012, um programa específico de apoio à contratação de desempregados inscritos há pelo menos seis meses nos centros de emprego.
O deputado do
Partido Socialista Rui Paulo Figueiredo acusou o ministro da Economia de não ter soluções para fazer frente a uma taxa de desemprego de 15,3% e apelou Álvaro Santos Pereira para o consenso, já que tem utilizado "uma lógica do confronto e de ir buscar sempre o passado".
Rui Paulo Figueiredo acusou Álvaro Santos Pereira de ir "pelo caminho politiqueiro e mais difícil", numa altura em que "o país continua em recessão" com um Governo "e uma política que está a empobrecer" Portugal.
Negando as acusações dos socialistas, o ministro da Economia ressalvou que "em apenas doze meses o Governo levou a cabo, em tempo recorde, um conjunto de reformas estruturais sem precedentes".