A produtividade dos trabalhadores norte-americanos cresceu 5,2% no último trimestre de 2001, acima do esperado, face ao incremento de 1,1% verificado nos três meses anteriores. Os custos do trabalho recuaram 2,7%, anunciou hoje o Governo dos Estados Unidos (EUA).

A subida da produtividade verificada foi a mais elevada desde o segundo trimestre de 2000 e ficou acima das previsões iniciais do Governo norte-americano, que apontavam para uma progressão de 4,5%.

A produtividade mede o trabalho realizado em média numa hora por cada trabalhador. A subida deste indicador sugere que a maior economia mundial tem espaço para se expandir sem que ocorra um aumento das pressões inflacionistas.

No conjunto de 2001, a produtividade nos EUA apresentou um crescimento de 1,9%, apesar da economia norte-americana ter iniciado um período recessivo em Março do ano passado, segundo analistas.

Os custos do trabalho, que medem os montantes pagos por cada unidade produzida, desceram 2,7%, uma valor que compara com a quebra de 2% prevista pelos analistas e com a estimativa inicial do Governo de um recuo de 1,1%.

Os EUA conseguiram escapar a uma recessão técnica, não tendo chegado a existir dois trimestres sucessivos de contracção da economia. No último trimestre de 2001, o produto interno bruto (PIB) norte-americano aumentou 1,4%, depois da queda de 1,3% verificada nos três meses anteriores.

Os analistas acreditam que os EUA estão prestes a encetar uma recuperação, depois da produção manufactureira e do sector dos serviços terem registado expansões em Fevereiro, o que não sucedia em simultâneo há quase dois anos.

O presidente da Reserva Federal (FED), Alan Greenspan, disse recentemente que a economia dos Estados Unidos se está a aproximar de um «ponto de viragem».