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Procura de comércio de rua aumenta em Lisboa e no Porto

A presença de retalhistas nacionais e internacionais tem vindo a crescer exponencialmente desde 2008, aumentando assim a afluência de público nas ruas das duas cidades nacionais.

20 de Julho de 2011 às 16:52
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Ao contrário do que se tem verificado nos restantes sectores do mercado imobiliário, o comércio de rua está a afirmar a sua presença, tendo vindo a registar um crescimento constante nos últimos três anos na capital e na cidade invicta.

Em 2008 começou a detectar-se um grande interesse pelas lojas de rua, não só pelos retalhistas, como também pelos consumidores, e o nível de qualidade da oferta tem melhorado desde então, revela um estudo realizado pela Cushman & Wakefield.

Tanto em Lisboa como no Porto, os vendedores concentram a sua acção na Baixa. Porém, na capital, a Avenida da Liberdade, os Restauradores e o Rossio também são escolhidos como locais de grande interesse por parte dos retalhistas.

Nas ruas de Lisboa e Porto

Na capital, a Avenida da Liberdade impera na área do comércio de rua, detendo 68% da oferta existente, o que equivale a 885 unidades comerciais auditadas pela Cushman & Wakefield.

Já na cidade Invicta, a Rua de Santa Catarina e Rua de Sá da Bandeira reúnem entre si 51% das 760 unidades comerciais auditadas. O vestuário e o calçado pertencem ao sector dominante na oferta de rua em ambas as cidades. Contudo este registou uma queda em relação a 2008, tendo caído 15 pontos percentuais para 44% em Lisboa, e perdido 4 pontos percentuais para 41% no Porto.

A restauração, que há três anos era o número dois da lista, cedeu este ano o seu lugar para os artigos do lar e desceu para a terceira posição com uma oferta de 12% em Lisboa e 10% no Porto.

Apesar dos valores indicarem que a procura tem aumentado, a área de lojas desocupadas cresceu cerca de 3%, devido, principalmente, à área diminuta dos espaços da Baixa e à sua configuração.

Segundo o mesmo estudo, os retalhistas independentes nacionais continuam a ocupar a maioria das lojas, mas a sua presença caiu 10 pontos percentuais para 43% na capital. Já no norte, “o peso dos lojistas independentes caiu abruptamente, cerca de 16 p.p., face a 2008”.

No sentido ascendente estão os retalhistas de marcas integradas em cadeias nacionais (retalhistas múltiplos) e os retalhistas internacionais, que ocupam cada vez mais metros quadrados.

O estudo da Cushman & Wakefield conclui que o aumento da presença dos operadores múltiplos e internacionais é equivalente a uma qualidade de serviço superior, pois “[a experiência demonstra que] o tipo de organização [destes] envolve certos padrões de exigência em termos de qualidade e de serviço ao cliente (…) [permitindo também] uma oferta mais diversificada e a preços mais competitivos”.

Porém, salienta que “determinados operadores independentes (…) conseguem marcar a sua presença no mercado, oferecendo produtos diferenciados e um serviço ao cliente acima da média.”

Esta realidade torna o comércio de rua cada vez mais atractivo e com maior dinamismo. As próprias empresas chegam a esperar por lojas em posições estratégicas, o que fez aumentar as rendas nestas zonas. No entanto, em Lisboa, o Chiado foi a única zona onde o valor por metro quadrado aumentou, sendo que algumas ruas estão actualmente nos €80/m2/mês.
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