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Primeiro trimestre com défice de 5,8% do PIB (act.)

O INE revelou as contas para os primeiros três meses do ano na óptica contabilística relevante para Bruxelas: quase 6%, longe da meta de 2,7% assumida para o total do ano.

24 de Junho de 2015 às 11:16
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O défice orçamental nos primeiros três meses do ano segundo as regras contabilísticas seguidas na União Europeia ascendeu a 5,8% do PIB, revelou quarta-feira o INE. A meta do Governo para o total do ano é de 2,7% do PIB, uma meta que tem vindo a ser questionada pela Comissão Europeia e pelo FMI.

 

"O défice das AP situou-se em 5,8% do PIB no 1º trimestre de 2015, menos 0,1 pontos percentuais que no trimestre homólogo de 2014", escreve o INE numa nota divulgada ao final da manhã de quarta-feira, dia 24 de Junho, na qual apresenta as análises das necessidades de financiamento dos vários sectores da economia. 

 

"O saldo das AP situou-se em cerca de -2.444,3 milhões de euros no 1º trimestre de 2015, -5,8% do PIB. No mesmo trimestre do ano anterior o saldo das AP tinha atingido -5,9% do PIB (-2.427,5 milhões de euros)", quantifica o INE que explica que "verificou-se um aumento mais acentuado da receita comparativamente com a despesa, destacando-se em particular os aumentos da receita com impostos sobre a produção e importação (8,3%), nomeadamente o IVA, e com as contribuições sociais (4,6%)".

 

Na análise as contas nacionais dos vários subsectores, o INE tende a privilegiar a média dos últimos 4 trimestres, para assim tentar eliminar efeitos sazonais ou minimizar o efeito de alguma variação extraordinárias num trimestre. Aplicando essa metodologia às contas públicas, obtém-se um défice de 4,4% do PIB no ano terminado em Março de 2015, o qual compara com um défice de de 4,5% do PIB nos quatro trimestres de 2014.

 

"A necessidade de financiamento do sector das Administrações Públicas registou uma diminuição de 0,1 pontos percentuais no ano terminado no 1º trimestre de 2015, relativamente ao trimestre anterior, atingindo 4,4%", escreve o INE que avança que "este resultado beneficiou do crescimento do PIB, dado que o nível do défice aumentou ligeiramente em termos absolutos (16,8 milhões de euros), verificando-se taxas de variação de 0,8% para o total da receita e de 0,7% para a despesa".

 

Do lado da receita o INE destaca o aumento do encaixe com contribuições sociais e impostos indirectos, enquanto do lado da despesa, os aumentos mais significativos foram registados em despesas de capital e despesas com pessoal, reflectindo a devolução parcial dos cortes salariais implementada este ano. Consumos intermédios e juros também aumentaram.

 

(Notícia actualizada às 11:45 com dados sobre valores anuais)

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