O presidente da CGD, Vítor Martins, e o vice-presidente, António Maldonado Gonelha, pediram hoje a demissão, na sequência da decisão do Governo de transferir mais mil milhões de euros do fundo de pensões do banco para a Caixa Geral de Aposentações.

Vítor Martins e António Maldonado Gonelha continuam demissionários, mas aceitaram manter-se em funções até que sejam substituídos, disse à agência Lusa fonte ligada ao processo.

Os pedidos de demissão foram já apresentados ao primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, esclareceu a fonte, acrescentando que o Governo reforçou a confiança na actual administração do banco público.

O ministro das Finanças, António Bagão Félix, disse em conferência de imprensa que Vítor Martins lhe manifestou «algum desconforto» com a operação de transferência de mais mil milhões de euros do fundo de pensões para a Caixa Geral de Aposentações, para assegurar o cumprimento da meta do défice público.

Segundo o ministro, Vítor Martins aceitou continuar em funções a pedido do Governo, que invocou o «interesse patriótico» da operação.