O presidente do Bundesbank, Ernst Welteke, foi afastado temporariamente do seu cargo depois de ter aceite uma licença sem vencimento, em consequência do escândalo relacionado com a sua estadia num hotel com a sua família, paga pelo Dresdner Bank.

Depois de uma reunião de sete horas da direcção do banco, um comunicado foi disponibilizado dando conta do facto de não terem sido encontradas razões suficientes para o despedimento de Welteke.

De acordo com os estatutos do Sistema Europeu de Bancos Centrais, a possibilidade de despedimento só seria equacionada em caso de «erro grave».

O Bundesbank recomendou a Welteke uma licença sem vencimento, que foi aceite pelo mesmo. O facto de o presidente do Bundesbank estar proibido de usar a sua posição para obter regalias pessoais, segundo os termos do emprego de Welteke, terá sido a principal base de culpabilização do executivo alemão.

Ernst Welteke foi já substituído, sendo que o vice-presidente do Bundebank, Juergen Stark, irá temporariamente ocupar o cargo.

Entretanto, metade da dívida de 7,661 mil euros contraída no hotel Adlon, em Berlim, decorrente da estadia de Welteke e da sua família, foi já paga. Metade pelo ainda presidente do Bundesbank, e outra metade pela instituição bancária.

Ernst Welteke tem afirmado que não encontra razões para se demitir. Em entrevista concedida à televisão alemã ARD, Welteke afirmou: «é sempre difícil traçar uma linha entre uma viagem de trabalho e uma viagem privada».