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Presidente da ANJE defende privatizações para resolver a dívida pública

O presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) defende que a dívida pública podia ser resolvida com recurso a privatizações, acrescentado o "efeito positivo de diminuir o peso do Estado na economia".

13 de Janeiro de 2010 às 07:50
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O presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) defende que a dívida pública podia ser resolvida com recurso a privatizações, acrescentado o "efeito positivo de diminuir o peso do Estado na economia".

"A diminuição da despesa podia ser feita através de mais movimentos de privatização", afirmou à Lusa Francisco Maria Balsemão, que defende que "quanto menos influência o Estado tiver melhor é para a Economia".

Partidário de um Estado "mais árbitro do que jogador", o presidente da ANJE considera que a privatização de empresas públicas permite o encaixe imediato de verbas para abater a dívida e, ao mesmo tempo, uma melhor rentabilidade das empresas a longo prazo.

"Mais importante do que a fonte de receita, é através da melhor gestão de activos resultar na melhoria de captação de impostos, porque ao saírem da esfera do Estado são tendencialmente melhor geridos", acrescentou, admitindo que nesta altura, as privatizações são complicadas devido à subavaliação das empresas.

Para o porta-voz dos jovens empresários, o tema da privatização de empresas públicas devia voltar a entrar agenda do Governo no momento em que se impõe resolver o problema da dívida pública portuguesa, com a crescente pressão das agências de 'rating'.

Em declarações à Lusa, Francisco Maria Balsemão escusou-se a adiantar quais as empresas que considera prioritárias num eventual processo de privatização.


Para o presidente da ANJE, está fora de questão cortes nas medidas de apoio social porque "a grande vaga de despedimentos ocorreu há um ano e, quando o subsídio de desemprego chegar ao fim, as pessoas vão sentir muito mais a crise".

"As medidas sociais devem ser reforçadas, porque quando as pessoas deixarem de receber o subsídio de desemprego, vai-se viver um período de instabilidade social", defendeu.

Em relação aos grandes investimentos públicos, o empresário oscila entre o congelamento e a simplificação dos projectos como o comboio de alta velocidade e o aeroporto de Lisboa.

"Os investimentos são pensados a longo prazo e, nessa perspectiva, são para ser feitos, mas a única questão é se semi-congelamos por um ano ou dois ou se fazemos projectos mais simples", defendeu.

Francisco Maria Balsemão acredita nos "profetas da bonança" que dizem que "o pior da crise já passou" e defende que "é preciso começar a acreditar", embora defenda um "optimismo moderado, sem euforismos" até porque "o crescimento vai ser lento".

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