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Preço das casas em Portugal subiu mais de 10% às portas da pandemia
No primeiro trimestre deste ano, onde já se inclui o início da pandemia do novo coronavírus, os preços das casas em Portugal aceleraram a subida.
De acordo com os dados revelados esta terça-feira, 23 de junho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Índice de Preços da Habitação em Portugal aumentou 10,3% entre janeiro e março, face ao mesmo período do ano passado.
Esta variação traduz uma aceleração na subida do preço das casas, já que no último trimestre do ano passado, o crescimento homólogo foi de 8,9%. O aumento foi mais expressivo no caso das habitações existentes (10,6%) do que nas casas novas (8,9%).
Na comparação com o trimestre anterior - ou seja, face aos últimos três meses de 2019 – os preços também aceleraram a subida, tendo aumentado 4,9%, depois de um avanço de apenas 0,7%.
Neste caso, foi o preço das casas novas que mais cresceu (6%), enquanto as casas existentes registaram um aumento de 4,7%.
No que respeita aos imóveis transacionados e aos valores implicados nos negócios, os dados do INE mostram que, no conjunto dos primeiros três meses deste ano, foram transacionados menos alojamentos do que no mesmo período de 2019 – um total de 43.532, menos 0,7% - mas o valor global das transações foi superior. As transações totalizaram 6,8 mil milhões de euros, mais 10,4% do que em igual período do ano passado.
Contudo, a evolução foi distinta nos três meses considerados: enquanto em janeiro e fevereiro se observaram aumentos homólogos do número de transações (9,4% e 3,5%, respetivamente) e do respetivo valor (21,5% e 13,5%), em março, no início da pandemia no nosso país, o número de transações e o respetivo valor reduziram-se 14,1% e 3,3% face ao mesmo mês de 2019.
Vendas em Lisboa batem recorde acima dos 3 mil milhões
Entre janeiro e março deste ano, só na Área Metropolitana de Lisboa foram transacionadas 15.433 habitações, o que representa 35,5% do total do país e o peso regional mais alto desde o segundo trimestre de 2018.
Quanto ao valor implicado nestas vendas – 3,2 mil milhões de euros, quase metade do total do país (47,8%) – foi o mais elevado na região desde que há registos.
Na região Norte, foram vendidas 12.168 habitações, por um valor total de 1,6 mil milhões de euros, enquanto na região Centro trocaram de mãos 7.974 alojamentos, num total de 786 milhões de euros.
Em termos de valores de transações mais elevados, seguiram-se o Algarve (713 milhões de euros) e o Alentejo (235 milhões de euros). Na Região Autónoma dos Açores e na Região Autónoma da Madeira os valores das transações ascenderam a 81 milhões de euros e a 134 milhões de euros, pela mesma ordem.
(Notícia atualizada às 11:39)