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Portugueses são os que menos confiam no Governo e empresas

O grupo GCI apresentou hoje os resultados do estudo Edelman Trust Barometer que concluiu que a confiança dos portugueses no Governo e nas empresas é a mais baixa dos 22 países analisados. Os dados foram conhecidos hoje durante a conferência "O Estado da Confiança em Portugal".

07 de Abril de 2010 às 18:51
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O grupo GCI apresentou hoje os resultados do estudo Edelman Trust Barometer que concluiu que a confiança dos portugueses no Governo e nas empresas é a mais baixa dos 22 países analisados. Os dados foram conhecidos hoje durante a conferência “O Estado da Confiança em Portugal”.

Os resultados do estudo foram analisados pelo professor de economia Augusto Mateus, a que se seguiu um debate com o politólogo Pedro Magalhães, o gestor da Fundação EDP, Sérgio Figueiredo, o presidente da ONG Tese, João Wengorovius Meneses e o presidente do Grupo GCI, José Manuel Costa.

O estudo apresentado revelou que os portugueses são os que menos confiam no governo e nas empresas, dos 22 países analisados. Uma falta de confiança generalizada que só é comparável com a Irlanda.

ONG’s são as instituições em que os portugueses mais confiam

Em contrapartida, as ONG’s são as instituições em que os portugueses mais confiam com 52%. O estudo revelou ainda, que os portugueses têm maior confiança nas multinacionais espanholas do que nas portuguesas.

De acordo com a mesma fonte, “no fundo da lista, em Portugal, aparecem o sector financeiro, a banca com 34% e seguradoras com 30%”. A comunicação social obteve 29% da confiança dos inquiridos.

Segundo Augusto Mateus, a retoma económica depende da “inteligência com que se trabalha e investe. São disso exemplo as energias ou a regeneração das cidades”, afirmou o economista durante a conferência de apresentação da primeira edição portuguesa do Edelman Trust Barometer, um estudo que analisa a confiança dos líderes de opinião nas empresas, governos, ONG e media, numa iniciativa do Grupo GCI.

“O desempenho da economia afecta muito a confiança”, afirmou o politólogo Pedro Magalhães durante a conferência “O Estado da Confiança em Portugal”.

Para este respnsável, os resultados do estudo que apontam, genericamente, para um nível muito baixo de confiança, indicam “uma característica mais estrutural, a de que Portugal se caracteriza por uma baixa confiança inter-pessoal, temos um baixo capital social”.

Para o administrador-delegado da Fundação EDP, a confiança consegue-se “com a criação de ligações”.

Outro dos intervenientes, João Wengorovius Meneses, presidente não executivo da Tese, disse igualmente que “sem confiança nos outros perde-se a capacidade de estabelecer relações” mas mostrou-se confiante de que “as pessoas comuns podem fazer coisas incomuns”.

Também José Manuel Costa, presidente da Grupo GCI, explicou que “a confiança é o elo de ligação essencial nos negócios. Hoje em dia a confiança é diferente e tem um novo paradigma, tem que ser construída num quadro cada vez mais complexo e mais democrático, onde um grupo substancialmente maior de intervenientes tem voz activa”.

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