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Portugueses são dos que mais sobrestimam imigração

A taxa de imigração em Portugal é de 8,3%, mas os portugueses acham que está nos 34,6%. Todos os outros povos sobrestimam número de imigrantes.

18 de Setembro de 2013 às 19:02
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O fenómeno é geral. Os povos sobrestimam a percentagem de imigrantes na sua população. Mas neste erro de percepção, os portugueses destacam-se no conjunto dos países europeus. Em Portugal a taxa de imigrantes ronda os 8,3%, mas os portugueses acham que estará nos 34,6%.

 

Mais do que os portugueses, só os norte-americanos fazem uma análise ainda mais afastada da realidade (uma diferença de 29 pontos face à realidade). Do lado oposto, os suecos são os que mais se aproximam da realidade: estimaram uma taxa de 18,3% e a taxa é de 15,1%. Há uma elevada percentagem de pessoas que responderam “não saber”.

 

Neste tópico da imigração, Portugal volta a merecer destaque na preocupação com a imigração ilegal. 88% dos portugueses dizem estar preocupados, o valor mais alto da UE.

 

Tanto nos Estados Unidos como na Europa, os povos mostram-se optimistas quanto à integração dos imigrantes de primeira geração e ainda mais em relação aos filhos desses imigrantes.

 

Políticas de imigração consideradas insuficientes

Dos dois lados do Atlântico os povos estão descontentes com as políticas de imigração. Nos EUA, 68% dos cidadãos afirma que o Governo dos EUA estavam a fazer um mau trabalho, uma percentagem que baixa para os 58% na Europa. Em Portugal, 44% dos habitantes discordam da forma como o governo está a desempenhar o seu papel.

 

Mas nem todos os problemas se concentram na imigração. Os portugueses estão muito preocupados com o fenómeno da emigração. Dos 13 países inquiridos é mesmo aquele em que mais cidadãos vêm a emigração como um problema.

 

Estes resultados constam da 12ª sondagem anual de opinião pública “Transatlantic Trends 2013”, conduzida pelo German Marshall Fund of the United States e pela Compagnia di San Paolo, com o apoio da Fundação Luso-Americana, em Portugal, da BBVA, em Espanha, da Fundação Communitas, na Bulgária, do Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco e do Barrow Cadbury Trust, no Reino Unido. As opiniões foram recolhidas entre 3 e 27 de Junho deste ano pela "TNS Opinion" nos Estados Unidos, Turquia e em 11 Estados membros da União Europeia: Alemanha, Eslováquia, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia e Suécia.

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