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Portugal vai emitir 20 mil milhões em obrigações do Tesouro (act.)

Estado precisa de financiar "cerca de 20 mil milhões de euros" durante o próximo ano, através da emissão de obrigações do Tesouro.

29 de Dezembro de 2010 às 13:35
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A informação foi avançada pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), que emitiu uma nota informativa sobre o programa de financiamento da República.

O instituto revela que “o montante das necessidades de financiamento do Estado, no ano de 2011, a satisfazer por recurso à emissão bruta de instrumentos de dívida de médio e longo prazo e ao financiamento líquido de curto prazo, deverá situar-se em cerca de 20 mil milhões”, revela o IGCP em comunicado.

No próximo ano, o ICGP vai lançar “uma ou duas novas séries de OT”, através de sindicato bancário, “num montante mínimo de três mil milhões de euros”.

A última emissão de dívida sindicada que Portugal conseguiu colocar no mercado foi em Fevereiro de 2010, tendo na altura indicado que seria a primeira do ano. Contudo, os constrangimentos do mercado, com a crise de dívida, impossibilitaram que fosse realizada outra operação semelhante.

Além destas novas linhas de financiamento, o Estado prevê reabrir outras séries, “emitidas em anos anteriores, com o objectivo de aumentar a sua dimensão e liquidez, podendo o seu montante máximo vir a situar-se em 10 mil milhões de euros”, adianta a mesma fonte.

Mas o financiamento do Estado não será realizado apenas através OT. O IGCP vai emitir também bilhetes dos Tesouro. Estando a primeira emissão agendada já para o dia 5 de Janeiro. A primeira emissão será uma reabertura de uma linha que já existe no mercado, e será com maturidade a seis meses.

Na primeira emissão de BT o valor indicativo é de 500 milhões de euros. E ao longo do primeiro trimestre, considerando os valores indicativos mais baixos, o ICGP deverá colocar no mercado 4,25 mil milhões de euros em BT.

Segundo a agência que gere o crédito público, "o financiamento líquido resultante da emissão de BT deverá ser marginalmente positivo em 2011". Ou seja, o saldo entre emissões e amortizações será quase nulo.


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