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Portugal perdeu quase 200 mil pessoas em quatro anos

A população residente voltou a cair em 2014, embora a redução tenha sido menos acentuada. Entre o final de 2010 e o final de 2014, Portugal terá perdido 198 mil residentes, revelam as estimativas do INE

Bruno Simão/Negócios
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Portugal perdeu 197.899 residentes entre o final de 2010 e o final de 2014, revelam as estimativas da população divulgadas esta terça-feira, 16 de Junho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

Esta evolução é explicada por um saldo migratório negativo (mais pessoas a sair do país do que a entrar) aliado a um saldo natural negativo (mais pessoas a morrer do que a nascer). Uma tendência que se atenuou no ano passado, mas que continua a verificar-se: só entre o final de 2013 e o final de 2014 a população reduziu-se em 52,5 mil pessoas.

 

Foram 10 374 822 os residentes estimados para o final de 2014, "valor que representa uma diminuição da população residente de 52 479 habitantes face ao ano anterior, correspondendo a uma taxa de crescimento efetivo de -0,50%. Apesar de se atenuar em 2014, mantém-se a tendência de decréscimo populacional verificada desde 2010", lê-se no destaque do INE.

 

Ao longo do ano passado, em Portugal, os cerca de 82 mil nascimentos não chegaram para compensar os cerca de 105 mil óbitos. Por outro lado, os quase 50 mil emigrantes permanentes não chegaram para compensar os 19,5 mil imigrantes permanentes.

 

"As alterações na dimensão e na composição por sexo e idade da população residente em Portugal, em consequência da descida da natalidae, do aumento da longevidade e, mais recentemente, do impacto da emigração, indiciam, para além do decréscimo populacional dos últimos anos, a continuação do envelhecimento demográfico", explica o INE.

 

As estimativas revelam que o número de idosos por cada 100 jovens passou de 108 em 2014 para 141 em 2014. Por cada 100 pessoas em idade activa residiam em Portugal 26 idosos em 2004, número que passa para 31 em 2014.

 

Número de nascimentos cai, fecundidade recupera?

 

 Os dados revelam que o número de nascimentos caiu de forma ligeira mas o índice sintético de fecundidade (ISF) aumentou ligeiramente, de 1.21 para 1,23. Ao Negócios, o INE explica que o índice varia em função do número de  mulheres em idade fértil:

 

"Ainda que não se tenha registado um aumento do número de nados vivos, a redução do número de mulheres em idade fértil na população residente entre 2013 e 2014 originou um acréscimo do valor do ISF", diz fonte oficial.

 

Em 2004, o índice de fecundidade era de 1,41.

 

Actualizado às 16h30 com a correcção de uma data e a referência ao número de nascimentos. Actualizado ás 17h50 com os esclarecimentos do INE sobre o índice de fecundidade.

 

 

 

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