Segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Comunicações de Portugal (ICP), antes da liberalização do mercado das telecomunicações, ou seja o ano passado, Portugal detinha o tarifário fixo mais dispendioso da União Europeia (UE). Os consumidores nacionais pagavam mais 1,3% do que a média dos consumidores europeus.

Com a exclusão do pacote económico, a diferença entre as tarifas nacionais e o resto da Europa alcança os 5%, em valor real.

Em Portugal a factura telefónica era superior em 46% no que refere a chamadas nacionais interurbanas, em relação ao resto de Europa. No entanto, as chamadas internacionais e a assinatura eram mais baratas em 14,3% e 1,6% respectivamente. A instalação era também menos cara em 21,1% para os portugueses do que para o resto da Europa.

Segundo o mesmo estudo, de 1998 a 1999 os consumidores viram os preços aumentar em relação à UE. Nas tarifas nacionais, a Portugal Telecom (PT) aumentou em 6,4% o seu preço em comparação aos tarifários efectuados nos restantes países da UE. Contudo, os valores reais desceram em ambos os casos, tendo em Portugal essa descida sido menos acentuada.

Durante 1999 assistiu-se a um desfasamento em relação à Europa, passando os portugueses a pagar mais 8,1%. As chamadas locais registaram também um agravamento do diferencial face aos europeus. Apenas nas chamadas internacionais se verificou uma descida nos preços. Em relação aos tarifários das empresas em 1999, foram 14,1% superiores aos praticados na UE.

Ou seja, em regra geral os consumidores portugueses viram agravada a sua factura em 5% em comparação com os preços médios praticados pelos parceiros comunitários.