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Portugal tem terceiro maior corte, mas mantém-se no pódio das dívidas mais altas da Zona Euro

Apenas quatro países da Zona Euro aumentaram o nível de endividamento no ano passado, com média nos 91,5% do PIB.

Melhorias no mercado de trabalho estão a compensar, em parte, o abrandamento do encaixe nos impostos indiretos.
Carlos M. Almeida/Lusa
21 de Abril de 2023 às 10:35
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Apesar de ter conhecido no último ano um dos cortes mais profundos no peso da dívida pública no PIB, Portugal manteve-se no final de 2022 ainda no pódio das dívidas mais elevadas da Zona Euro, no mesmo terceiro lugar de 2021, confirma nesta sexta-feira o Eurostat.

 

No reporte final dos procedimentos dos défices excessivos da União Europeia, os 113,9% do PIB de rácio de dívida pública nacional mantêm o país ainda à frente de Espanha – no quarto lugar, com 113,2% do PIB – e atrás de Grécia (171,3%) e Itália (144,4%).

 

A seguir a Espanha, França e Bélgica surgem com rácios de endividamento de 111,6% e 105,1% do PIB, respetivamente.

 

O objetivo do Ministério das Finanças de Fernando Medina é o de colocar neste ano a dívida pública nacional entre este grupo de três países, com os dados finais de 2022 a permitirem tecnicamente ficar atrás de Espanha e França, mas não da Bélgica. O Programa de Estabilidade nacional antecipa uma redução do rácio da dívida para 107,5% do PIB no final de 2023.

Apesar de não mudar o lugar no ranking das dívidas públicas mais elevadas da Zona Euro, Portugal realizou no último ano o terceiro maior corte no rácio de endividamento, apenas atrás de Grécia e Chipre, mostram os dados do Eurostat.

 

Num ano marcado pelo efeito surpresa da inflação no acréscimo de receitas fiscais e da maior subida do PIB desde o final da década de 1980 (crescimento real de 6,7%), com crescimentos inferiores no ritmo da despesa, o corte nacional da dívida alcançou os 11,5 pontos percentuais.


A Grécia, com o maior esforço de redução de dívida, obteve um corte de 23,3 pontos percentuais. O Chipre, com o segundo corte mais profundo, atingiu uma redução de 14,7 pontos percentuais.

 

A seguir a Portugal, na Zona Euro tiveram as maiores descidas no nível de endividamento a Irlanda (10,7 pontos percentuais), Croácia (10 pontos), a Itália (5,5 pontos), Lituânia (5,3 pontos) e Espanha (5 pontos).

 

Apenas quatro países do grupo da moeda única – República Checa, Estónia, Finlândia e Luxemburgo, onde apenas a Finlândia mantém uma dívida superior a 60% do PIB – aumentaram no último ano os níveis de endividamento.

 

O nível médio de dívida pública da Zona Euro - incluindo a Croácia, que entrou apenas neste ano - ficou em 91,5% do PIB, caindo em quatro pontos percentuais.

 

Já no conjunto da União Europeia, o rácio ficou em 84% do PIB, igualmente com uma redução de quatro pontos percentuais.

 

 

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