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Portas defende que Europa deve ocupar espaço deixado pelos EUA no comércio

O ex-líder do CDS, Paulo Portas, considerou hoje que a Europa devia ter como prioridade tentar ocupar o "enorme espaço de conquista de mercado" causado pela tendência isolacionista dos Estados Unidos da América.

Do CDS para o privado: Paulo Portas confundiu-se com o CDS nos últimos 16 anos. A sua notoriedade alavancava o partido e os próprios centristas não imaginavam outro líder. Mas, tal como em 2005, (aí depois de um desastre eleitoral), Portas aproveitou a saída do Governo para anunciar, no final de 2015, que ia abandonar o partido. A saída foi formalizada em Março deste ano. Portas tornou-se consultor de várias empresas, entre elas a Mota-Engil.
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19 de Setembro de 2017 às 17:20
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"Uma das decisões do Presidente dos Estados Unidos foi tirar o país do tratado Transpacífico (TPP), o que abre um espaço enorme de conquista aos chineses", disse o também antigo ministro e vice-primeiro-ministro na sua intervenção na Conferência "A Posição da Europa face à nova liderança Norte-americana", promovida pelo American Club of Lisbon e Associação de Amizade Portugal - EUA (AAPEUA), que decorreu hoje em Lisboa.

Defendendo que "a Europa devia ter como prioridade absoluta ocupar o lugar que os EUA deixaram livre no comércio com as boas economias asiáticas", Portas gracejou dizendo que essas economias "ficaram solteiras na igreja".

Num discurso onde argumentou que "uma política excessivamente restritiva vira-se contra os EUA", Portas disse que Trump "já percebeu isso e fez uma mudança na política de imigração", aceitando agora imigrantes diferenciados, nomeadamente no sector tecnológico e industrial.

Salientando as diferenças entre o candidato Trump e o Presidente Trump, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que entre os dois há "diferenças significativas" em temas como a posição sobre a NATO, o NAFTA e o acordo nuclear com o Irão.

A política migratória europeia, as políticas de natalidade e o bom desempenho da economia norte-americana, "trimestre após trimestre independentemente de quem está no poder", foram outros dos temas abordados por Paulo Portas, que no final se escusou a falar aos jornalistas.
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