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Políticos de oito países criam aliança para fazer frente à China

Um grupo de políticos de oito democracias, incluindo os Estados Unidos, criou uma aliança para ajudar a combater o que consideram a ameaça que a crescente influência da China representa para o comércio global, segurança e direitos humanos.

Reuters
07 de Junho de 2020 às 11:00
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Aliança Interparlamentar sobre a China, apresentada na sexta-feira, surge numa altura em que os EUA enfrentam o desafio de conseguir uma aliança coesa para fazer frente à crescente influência económica e diplomática da China. Os EUA condenaram a decisão do governo de Pequim de impor uma legislação de segurança nacional em Hong Kong que ameaça a autonomia da cidade.

 

O grupo disse que pretende "construir respostas apropriadas e coordenadas e ajudar a criar uma abordagem proativa e estratégica em questões relacionadas com a República Popular da China".

 

O senador republicano dos EUA Marco Rubio e o democrata Bob Menéndez, o ex-ministro da Defesa japonês Gen Nakatani, Miriam Lexmann, da comissão do Parlamento Europeu para os Negócios Estrangeiros e o influente deputado conservador do Reino Unido Iain Duncan Smith são copresidentes do grupo recém-lançado.

"A China, sob a liderança do Partido Comunista Chinês, representa um desafio global", disse Rubio numa mensagem de vídeo no Twitter. O senador é um crítico frequente do governo de Pequim e defensor de legislação nos EUA para medidas que digam respeito às ações da China em Hong Kong.

O governo de Pequim tem dito repetidamente que a situação em Hong Kong é uma questão interna e afirma que a expansão económica e diplomática da China não representa uma ameaça global.

"Instamos um pequeno número de políticos a respeitar os factos, respeitar as regras básicas das relações internacionais, abandonar a mentalidade da Guerra Fria, parar de interferir nos assuntos internos e de fazer movimentos políticos por interesses egoístas", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Geng Shuang, numa conferência de imprensa em Pequim na sexta-feira.

'Grande custo'

A aliança disse que a ascensão económica da China pressiona a ordem global baseada em regras e que os países que tentaram fazer frente ao governo de Pequim até agora tiveram de agir sozinhos e "muitas vezes com um grande custo". A lista de países participantes inclui EUA, Alemanha, Reino Unido, Japão, Austrália, Canadá, Suécia, Noruega e membros do Parlamento Europeu.

Várias dessas nações enfrentaram intensas consequências económicas ou políticas por interferirem nas ambições estratégicas da China.

Os esforços do governo de Trump para reescrever o relacionamento comercial bilateral com a China levaram a uma prolongada guerra comercial que teve consequências globais, enquanto outras medidas resultaram, por exemplo, na expulsão de jornalistas dos EUA da China.

A iniciativa da Austrália para responsabilizar a China pela pandemia de covid-19, que teve origem na cidade de Wuhan, resultou em novas tarifas sobre a cevada australiana e restrições nas vendas de alguns frigoríficos.

"Chegou a hora de os países democráticos se unirem numa defesa comum dos nossos valores partilhados", disse o deputador britânico Iain Duncan Smith no Twitter.

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