A política orçamental seguida em 2005 deverá apresentar uma orientação expansionista pelo que vai contribuir para o agravamento do desequilíbrio das contas públicas nacionais, considera o Banco de Portugal no boletim económico de Outono hoje divulgado.

As estimativas do banco liderado por Vítor Constâncio apontam para uma redução do saldo primário, ajustado do ciclo e corrigido de medidas temporárias, de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.

O agravamento «do desequilíbrio estrutural das contas pública portuguesas» deve-se ao aumento das despesas com pensões, ao crescimento da massa salarial dos funcionários público e à redução dos dividendos recebidos pelo Estado.

Estes factores «mais que compensaram a evolução muito favorável da receita fiscal», refere o Banco de Portugal.