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Petróleo «custa» 2,3 mil milhões às companhias aéreas

Os prejuízos das companhias aéreas, a nível mundial, podem atingir os três mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros) em 2006 por causa da escalada do preço do petróleo, neutralizando os benefícios do crescimento económico e da indústria.

05 de Junho de 2006 às 08:48
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Os prejuízos das companhias aéreas, a nível mundial, podem atingir os três mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros) em 2006 por causa da escalada do preço do petróleo, neutralizando os benefícios do crescimento económico e da indústria.

Esta estimativa é avançada pela International Air Transport Association (IATA), organização com 261 membros que representa 94% do tráfego mundial. A previsão de perdas agora avançada representa um aumento de 36% face à indicação dada em Março.

Brian Pierce, economista chefe da associação com sede em Montreal adiantou, em declarações à agência Bloomberg, que é surpreendente que a previsão não seja ainda mais dramática. É que as companhias aéreas têm realizado fortes cortes nos custos o que reforçou a sua posição. O sector beneficia ainda da conjuntura económica favorável.

Os membros da Air Transport Association não apresentam no seu conjunto resultados positivos desde 2000, quando os lucros totalizaram 3,7 mil milhões de dólares. Desde 2001, que as companhias representadas na IATA perderam 43,6 mil milhões de dólares.

Companhias americanas com maiores perdas

A IATA, que reúne hoje e amanhã o seu encontro mundial em Paris, prevê que as companhias americanas registem perdas de 5,2 mil milhões de dólares em 2006. As transportadoras europeias deverão, ainda assim, apresentar lucros globais de 1,3 mil milhões de dólares, enquanto que as asiáticas deverão lucrar 1,7 mil milhões de dólares.

A estimativa mais pessimista tem por base um preço médio anual do petróleo Brent de 66 euros por barril, contra a média de 57 dólares por barril registada em 2005. O petróleo no mercado de Londres está acima dos 72 dólares por barril.

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