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Pela primeira vez, Algarve tem o desemprego mais baixo do país
Desde os últimos três meses de 2008 que o desemprego algarvio não era tão baixo como no segundo trimestre deste ano. A taxa de 8,1% significa que a região tem pela primeira vez o desemprego mais baixo de Portugal.
É claramente a região em destaque no Inquérito ao Emprego do INE: a taxa de desemprego do Algarve afundou 4,1 pontos percentuais entre o primeiro e o segundo trimestre de 2016 e está agora nos 8,1%.
Pela primeira vez desde 1998 - quando o INE começou a compilar estes dados – o Algarve tem a taxa de desemprego trimestral mais baixa entre todas as regiões do país. Durante a década passada, esse lugar era ocupado quase sempre pela Madeira ou pelos Açores, com os últimos anos a fazerem do Centro a região menos afectada pela crise no mercado de trabalho. Agora, o Algarve reclama essa posição.
A região acompanha assim a tendência de descida observada no resto do país, mas a um ritmo mais forte. O pico do desemprego algarvio foi registado no primeiro trimestre de 2013 nos 20,1%, estando agora em menos de metade desse valor. Até 2009, a região sempre teve taxas de desemprego abaixo dos 8%, tendo iniciado uma escalada depois da crise financeira do final de 2008.
É importante referir que o recuo significativo sentido neste segundo trimestre de 2016 (menos 4,1 pontos face ao trimestre anterior) é muito influenciado pelos empregos sazonais, tipicamente criados nestes meses de maior actividade turística e que depois correm o risco de desaparecer.
O "bom desempenho" do Algarve, que tem muitos empregos no sector do turismo, parece também indiciar que esse ramo de actividade estará a ter um impacto muito grande no alívio do mercado de trabalho nacional.
Quando às restantes regiões do país, verifica-se uma descida do desemprego em todas excepto o Alentejo (sobe 0,1 pontos). A seguir ao Algarve, a maior descida trimestral pertence a Lisboa, que passa para os 11,6% (menos 2,1 pontos). O Norte tem agora uma taxa de 11,6% (-1,7 pontos), os Açores 11% (-1,4 pontos), a Madeira 13% (-1,3 pontos) e o Centro 8,4% (-0,9 pontos).
Na totalidade do país, a taxa de desemprego caiu 1,6 pontos percentuais, passando de 12,4% para 10,8%.