Notícia
Pedro Nuno Santos: Preços do imobiliário em Lisboa e Porto são "crime lesa-pátria"
O ministro das Infraestruturas e da Habitação disse hoje que os preços praticados no mercado imobiliário em Lisboa e no Porto são "um crime lesa-pátria", considerando que é altura de retirar os 'vistos gold' nas grandes cidades.
29 de Janeiro de 2020 às 16:54
"Neste momento, os 'vistos gold' não resolvem o problema da população portuguesa na cidade de Lisboa e no Porto e, portanto, é altura de retirar esses instrumentos nessas cidades e tentar que possam beneficiar outras regiões do país", disse aos jornalistas o ministro Pedro Nuno Santos, à margem de uma visita ao Porto de Aveiro.
O governante explicou que depois da crise financeira, o setor imobiliário português viveu um momento difícil, tendo sido necessário "um conjunto de medidas que ajudassem a que o setor recuperasse".
"Neste momento, temos nas grandes cidades um setor imobiliário fortemente aquecido com preços muito longe daquilo que é a realidade que o povo português pode pagar", disse Pedro Nuno Santos.
O governante comentou, também, as declarações do presidente da Associação dos Profissionais das Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, que afirmou que "agir para travar a procura é um crime de lesa-pátria, cujas consequências não estão a ser avaliadas".
"Eu diria que o crime de lesa-pátria são os preços que hoje são praticados no mercado imobiliário em Lisboa e no Porto, em que a esmagadora maioria do povo português não consegue sonhar com uma terra onde nasceu ou cresceu, nomeadamente nos grandes centros urbanos", sublinhou.
Várias associações do setor têm vindo a criticar a intenção do PS de pôr fim à concessão dos 'vistos gold' nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, limitando a concessão a investimentos feitos por estrangeiros em municípios do interior ou nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Na apresentação da proposta de limitação dos 'vistos gold', na segunda-feira, a líder da bancada socialista, Ana Catarina Mendes, afirmou que esta é "uma resposta à especulação imobiliária" e um incentivo ao "investimento em zonas do interior e regiões autónomas".
O fim dos 'vistos gold' para estrangeiros de países terceiros à União Europeia que invistam 500 mil euros em Portugal, designadamente no mercado imobiliário, tem sido insistentemente reclamado por associações ligadas ao combate ao branqueamento de capitais e por partidos, sobretudo o Bloco de Esquerda.
O governante explicou que depois da crise financeira, o setor imobiliário português viveu um momento difícil, tendo sido necessário "um conjunto de medidas que ajudassem a que o setor recuperasse".
O governante comentou, também, as declarações do presidente da Associação dos Profissionais das Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, que afirmou que "agir para travar a procura é um crime de lesa-pátria, cujas consequências não estão a ser avaliadas".
"Eu diria que o crime de lesa-pátria são os preços que hoje são praticados no mercado imobiliário em Lisboa e no Porto, em que a esmagadora maioria do povo português não consegue sonhar com uma terra onde nasceu ou cresceu, nomeadamente nos grandes centros urbanos", sublinhou.
Várias associações do setor têm vindo a criticar a intenção do PS de pôr fim à concessão dos 'vistos gold' nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, limitando a concessão a investimentos feitos por estrangeiros em municípios do interior ou nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Na apresentação da proposta de limitação dos 'vistos gold', na segunda-feira, a líder da bancada socialista, Ana Catarina Mendes, afirmou que esta é "uma resposta à especulação imobiliária" e um incentivo ao "investimento em zonas do interior e regiões autónomas".
O fim dos 'vistos gold' para estrangeiros de países terceiros à União Europeia que invistam 500 mil euros em Portugal, designadamente no mercado imobiliário, tem sido insistentemente reclamado por associações ligadas ao combate ao branqueamento de capitais e por partidos, sobretudo o Bloco de Esquerda.