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PCP diz que referendo "não é questão de fundo"

A questão de fundo para o PCP não é o referendo, "a questão de fundo é trazer para Portugal a soberania perdida".

Miguel Baltazar/Negócios
26 de Junho de 2016 às 15:50
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O PCP considerou hoje que o referendo sobre a Europa, sugerido pelo BE no caso de serem aplicadas sanções a Portugal por défice excessivo, "não é a questão de fundo", mas sim "trazer para Portugal a soberania perdida".


O membro do comité central do PCP Armindo Miranda falava aos jornalistas no final da sessão de encerramento da X Convenção do BE, discurso no qual a coordenadora bloquista, Catarina Martins, disse que se a Comissão Europeia avançar com sanções contra Portugal por défice excessivo o partido colocará na agenda um referendo em Portugal sobre a Europa.


"Neste momento achamos que a questão de fundo não é o referendo, a questão de fundo é trazer para Portugal a soberania perdida e que foi exactamente entregue a um directório que nem sequer eleito foi", defendeu.


Para o comunista "neste momento o essencial, em relação à questão da União Europeia, não é decidir se há referendo ou não há referendo", não lhe tendo parecido "que o Bloco apontasse para um referendo à União Europeia".


Questionado pelos jornalistas sobre se a questão de fundo é a reestruturação da dívida, Armindo Miranda foi peremptório: "sim, parece-me que é diferente".


"Para nós é responder a questões que são centrais na União Europeia: primeiro, esta União Europeia está a ser construída com base num princípio que é os banqueiros sugarem, roubarem a riqueza aos pobres", defendeu, considerando ser preciso "romper com isto".


Sobre as reivindicações feita pelo BE para o Orçamento do Estado para 2017 - um aumento real das pensões e o descongelamento do indexante de apoios sociais - o dirigente comunista recordou que o PCP tem um projecto entregue na Assembleia da República no qual propõe "exactamente isso".


"Basta que o Bloco vote favoravelmente essa nossa proposta - é necessário que o PS o faça também - de aumento de pensões. Basta que eles os dois votem favoravelmente e os nossos reformados e pensionistas ficam com uma vida um bocadinho melhor", frisou.

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