Notícia
PCP: "As pessoas têm de reagir" perante "situação explosiva"
Três meses após assumir cargo de secretário-geral comunista, Paulo Raimundo diz que "as pessoas não são respeitadas, ganham mal e não conseguem viver com condições de dignidade".
05 de Fevereiro de 2023 às 14:22
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu este domingo que, perante a "situação explosiva" atual, "as pessoas têm de reagir", apelando também à mobilização pela defesa do SNS para que não se perca esta conquista do 25 de Abril.
"Não é coincidência. Todos os dias, cada um de nós, estamos a ser apertados nos seus setores, nas suas profissões, nos salários e nas pensões. Está tudo a apertar e as pessoas têm de reagir. As pessoas não são respeitadas, ganham mal e não conseguem viver com condições de dignidade e têm de reagir, não há alternativa", respondeu aos jornalistas Paulo Raimundo, quando questionado sobre as greves nos vários setores.
O secretário-geral comunista esteve esta manhã em contacto com a população no mercado mensal de Azeitão, distrito de Setúbal, tendo sido questionado pelos jornalistas sobre o anúncio feito na véspera de que o PCP vai avançar com um projeto de lei para alterar o estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo os objetivos "travar a possibilidade de abrir ainda mais portas ao setor privado na saúde" e valorizar e respeitar os profissionais do SNS.
"Estamos numa situação em que achamos que os profissionais de saúde, os utentes, os sindicatos e todos o que defendem o SNS precisam de reagir para que não acordemos um dia sem esta conquista extraordinária do 25 de abril", apelou.
Esta reação, segundo Paulo Raimundo, é já visível "em frente dos centros de saúde a defendê-los, nas ações de luta pelo aumento dos salários".
"É assim que tem de ser, não há alternativa. É preciso que estas movimentações forcem o Governo a ceder de forma a dar resposta aos problemas das pessoas. Não nos entretemos com se há ou não eleições. Queremos é que o Governo dê resposta aos problemas das pessoas", afirmou.
Referindo que "parece que a inflação vai baixando", o líder do PCP ressalvou que, no momento dos portugueses irem às compras, "verifica-se que não há nenhuma relação disso com os preços".
"Aliás, os alimentos e a energia são os principais responsáveis pela inflação e pelo aumento da especulação, que é um problema que urge combater. Por essa razão insistimos tanto na fixação e controlo dos preços. Sem isso não é possível travar o aumento dos preços, que, conjugado com a contenção dos salários, temos uma situação explosiva que as pessoas não aguentam", avisou.
No dia em que passam três meses desde que foi anunciado que iria suceder a Jerónimo de Sousa como secretário-geral do PCP - uma data que assumiu não ter presente -, Paulo Raimundo faz "um balanço positivo" deste período
"Tem havido muita iniciativa e ação. O que decidimos na conferência nacional está em andamento. Além disso, o contacto com as pessoas é uma coisa muito interessante e natural. Estamos cá para trabalhar", disse, explicando que a ação desta manhã no mercado de Azeitão é uma "linha de trabalho" que o partido está desenvolver, ou seja, um "contacto mais direto com as pessoas".
"Não é coincidência. Todos os dias, cada um de nós, estamos a ser apertados nos seus setores, nas suas profissões, nos salários e nas pensões. Está tudo a apertar e as pessoas têm de reagir. As pessoas não são respeitadas, ganham mal e não conseguem viver com condições de dignidade e têm de reagir, não há alternativa", respondeu aos jornalistas Paulo Raimundo, quando questionado sobre as greves nos vários setores.
"Estamos numa situação em que achamos que os profissionais de saúde, os utentes, os sindicatos e todos o que defendem o SNS precisam de reagir para que não acordemos um dia sem esta conquista extraordinária do 25 de abril", apelou.
Esta reação, segundo Paulo Raimundo, é já visível "em frente dos centros de saúde a defendê-los, nas ações de luta pelo aumento dos salários".
"É assim que tem de ser, não há alternativa. É preciso que estas movimentações forcem o Governo a ceder de forma a dar resposta aos problemas das pessoas. Não nos entretemos com se há ou não eleições. Queremos é que o Governo dê resposta aos problemas das pessoas", afirmou.
Referindo que "parece que a inflação vai baixando", o líder do PCP ressalvou que, no momento dos portugueses irem às compras, "verifica-se que não há nenhuma relação disso com os preços".
"Aliás, os alimentos e a energia são os principais responsáveis pela inflação e pelo aumento da especulação, que é um problema que urge combater. Por essa razão insistimos tanto na fixação e controlo dos preços. Sem isso não é possível travar o aumento dos preços, que, conjugado com a contenção dos salários, temos uma situação explosiva que as pessoas não aguentam", avisou.
No dia em que passam três meses desde que foi anunciado que iria suceder a Jerónimo de Sousa como secretário-geral do PCP - uma data que assumiu não ter presente -, Paulo Raimundo faz "um balanço positivo" deste período
"Tem havido muita iniciativa e ação. O que decidimos na conferência nacional está em andamento. Além disso, o contacto com as pessoas é uma coisa muito interessante e natural. Estamos cá para trabalhar", disse, explicando que a ação desta manhã no mercado de Azeitão é uma "linha de trabalho" que o partido está desenvolver, ou seja, um "contacto mais direto com as pessoas".