Paulo Portas, ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, defendeu hoje, no "briefing" do Conselho de Ministros, que "não há crise nenhuma" entre os dois partidos da coligação governamental e que o ambiente da reunião foi descontraído, sem tensões.

Apesar de se recusar a falar de temas que não estivessem na agenda do Conselho de Ministros, exclusivamente dedicada a assunto do mar, Paulo Portas voltou a recorrer à ironia, como já havia feito Santana Lopes, para rejeitar qualquer ambiente de conflito entre os dois partidos que formam o actual Executivo.

«Sobre a estabilidade do Governo, não quero falar. Agora, sobre a estabilidade da reunião do Conselho de Ministros posso dizer que trabalhámos imenso e ninguém enjoou», disse Paulo Portas a bordo do navio escola Sagres, onde decorreu pela primeira vez a reunião magna do Executivo.

Mesmo assim, Paulo Portas lá foi adiantando que «estamos todos com boa disposição e a boa disposição não se inventa».

«Os nossos dois partidos passaram por momentos tão difíceis nos últimos dois anos, com uma recessão da economia, que não faria sentido agora, que nos encontramos em tempo de crescimento económico, colocar os nossos valores de estabilidade em causa. É uma questão de honrar a palavra, cumprir o programa e levar a legislatura de quatro anos até ao fim», sublinhou Paulo Portas.