Notícia
Paulo Macedo pede análise à "regularidade e adequação" na contratação de enfermeiros
UGT considera "inaceitável" que os concursos para contratações de enfermeiros "se rejam pela regra do mais baixo custo, não sendo fixado um valor mínimo para a remuneração dos profissionais".
03 de Julho de 2012 às 17:08
A UGT mostrou, em comunicado, o seu desagrado face à forma como decorreram os mais recentes concursos para profissionais de saúde, considerando que o recurso a empresas prestadoras de serviço para a contratação externa se deve revestir de um “caracter absolutamente excepcional e devidamente fundamentado”, afirma a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
A central sindical considera “inaceitável que tais concursos se rejam pela regra do mais baixo custo, não sendo fixado um valor mínimo para a remuneração dos profissionais” e que tal constitui uma “violação da lei que estabelece o salário mínimo nacional”, afirma em comunicado. Segundo a organização estes concursos são “ilegais e ilegítimos”, devendo, por isso, ser anulados.
De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo pagará cerca de 4 euros por hora aos enfermeiros contratados neste concurso. Este valor já foi refutado pela ARS de Lisboa e Vale do Tejo, que anunciou, ontem, que o montante varia entre os 4,77 e 5,19 euros. Porém a tabela pública de vencimentos dos enfermeiros “está em 1020 euros” mensais, o que se representa “cerca de sete euros por hora”, valor remuneratório que “deve ser a bitola que o Governo deve utilizar”, afirmou ontem, no Porto, o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto. O bastonário assegurou também que “há factos e provas” que corroboram os valores primeiramente avançados pelo DN.
O ministro da saúde, Paulo Macedo, comunicou a sua preocupação com este caso e comunicou que se reunirá com o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, com quem se mantém em contacto. Paulo Macedo, segundo uma nota enviada às redacções, pediu já à Inspecção Geral de Actividades em Saúde que examine o processo concursal em causa, por forma a “avaliar a sua regularidade e adequação”.
Esquerda recebe Ordem dos Médicos e dos Sindicatos Médicos
Ainda no sector da saúde a classe médica viu também os seus salários diminuírem. Embora as remunerações sejam variáveis e consequentemente os cortes também, segundo afirmou Paulo Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, ao jornal “Público”, os mesmos terão sido de “cerca de 25% no último ano”, tendo em conta os cortes nos subsídios de férias e de Natal e nas horas extraordinárias.
O secretário-geral do Partido Socialista afirmou ontem que “Governo não respeita a dignidade dos profissionais de saúde e neste caso concreto dos enfermeiros", numa visita ao Instituto de Medicina Nuclear, sediado no Hospital de Santa Maria e, a propósito da greve dos médicos prevista para os próximos dias 11 e 12 de Julho, António José Seguro disse compreender “as razões pelas quais eles] lutam, há uma descaracterização das carreiras na área médica que poderá ter um impacto negativo na qualidade da prestação de saúde a curto e médio prazo no nosso país”.
A propósito desta greve dos médicos os deputados do PS, PCP e BE que integram a Comissão Parlamentar da Saúde, receberão amanhã, 4 de Julho os representantes da Ordem dos Médicos e dos Sindicatos Médicos, para os ouvirem. Isto depois de os deputados do PSD e do CDS/PP se terem recusado a dar o seu aval para que esta Comissão recebesse os representantes da classe médica, afirma o Grupo Parlamentar do Partido Socialista.
A central sindical considera “inaceitável que tais concursos se rejam pela regra do mais baixo custo, não sendo fixado um valor mínimo para a remuneração dos profissionais” e que tal constitui uma “violação da lei que estabelece o salário mínimo nacional”, afirma em comunicado. Segundo a organização estes concursos são “ilegais e ilegítimos”, devendo, por isso, ser anulados.
O ministro da saúde, Paulo Macedo, comunicou a sua preocupação com este caso e comunicou que se reunirá com o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, com quem se mantém em contacto. Paulo Macedo, segundo uma nota enviada às redacções, pediu já à Inspecção Geral de Actividades em Saúde que examine o processo concursal em causa, por forma a “avaliar a sua regularidade e adequação”.
Esquerda recebe Ordem dos Médicos e dos Sindicatos Médicos
Ainda no sector da saúde a classe médica viu também os seus salários diminuírem. Embora as remunerações sejam variáveis e consequentemente os cortes também, segundo afirmou Paulo Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, ao jornal “Público”, os mesmos terão sido de “cerca de 25% no último ano”, tendo em conta os cortes nos subsídios de férias e de Natal e nas horas extraordinárias.
O secretário-geral do Partido Socialista afirmou ontem que “Governo não respeita a dignidade dos profissionais de saúde e neste caso concreto dos enfermeiros", numa visita ao Instituto de Medicina Nuclear, sediado no Hospital de Santa Maria e, a propósito da greve dos médicos prevista para os próximos dias 11 e 12 de Julho, António José Seguro disse compreender “as razões pelas quais eles] lutam, há uma descaracterização das carreiras na área médica que poderá ter um impacto negativo na qualidade da prestação de saúde a curto e médio prazo no nosso país”.
A propósito desta greve dos médicos os deputados do PS, PCP e BE que integram a Comissão Parlamentar da Saúde, receberão amanhã, 4 de Julho os representantes da Ordem dos Médicos e dos Sindicatos Médicos, para os ouvirem. Isto depois de os deputados do PSD e do CDS/PP se terem recusado a dar o seu aval para que esta Comissão recebesse os representantes da classe médica, afirma o Grupo Parlamentar do Partido Socialista.