Notícia
Paulo Raimundo acusa Governo de ter acentuado desmantelamento do SNS
Paulo Raimundo entende que a valorização dos trabalhadores do SNS "passa completamente ao lado das opções do Governo anterior e das opções acentuadas neste Governo".
10 de Agosto de 2024 às 17:03
O secretário-geral do PCP criticou neste sábado o Governo por considerar que, nos primeiros 70 dias de funções, não contrariou e até acentuou o desmantelamento do Serviço Nacional de Serviço (SNS), iniciado pelo anterior executivo do PS.
"Estes 70 dias deste Governo não só não vieram contrariar esse caminho [de desmantelamento do SNS] como vieram acentuá-lo", afirmou o líder comunista, no final de um almoço com apoiantes no Pavilhão Multiusos de Fronteira, no distrito de Portalegre.
Aludindo às declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, após uma visita ao hospital Santa Maria, em Lisboa, Raimundo disse que o atual chefe do Governo tem razão quando se queixou da "pesada herança do Partido Socialista".
"A maioria absoluta do Partido Socialista abriu campo ao desmantelamento do SNS e empurrou para fora do Serviço Nacional de Saúde médicos, enfermeiros e técnicos que fazem cá muita falta", sublinhou.
Porém, para o dirigente comunista, o problema é que, nos primeiros dias do Governo da Aliança Democrática (AD), a situação não foi invertida e até foi agravada, quando era necessário "respeitar médicos, enfermeiros, técnicos, dar-lhes condições de trabalho e valorizar as suas carreiras".
"Façam as visitas que quiserem aos hospitais, levem a delegação que quiserem nessas visitas, vá o primeiro-ministro, o Presidente da República, a ministra da Saúde, o secretário de Estado, façam as inaugurações que quiserem, mas a solução urgente e imediata para resolver o problema é valorizar os trabalhadores", insistiu.
Considerando que outras medidas são "apenas areia para os olhos", Paulo Raimundo defendeu que a valorização dos trabalhadores do SNS "passa completamente ao lado das opções do Governo anterior e das opções acentuadas neste Governo".
Num discurso de quase 30 minutos, o líder comunista também abordou a questão do fecho de urgências hospitalares, defendendo que é preciso "garantir todas as urgências pediátricas e de obstetrícia abertas e ao serviço de quem precisa delas".
No caso das urgências de obstetrícia, o dirigente do PCP vincou que o seu funcionamento é importante para a mulher grávida "não andar, por esse país fora, para trás e para a frente, numa intermitência e em insegurança".
Entre outros assuntos, insistiu no direito à reforma sem penalizações para quem tem 40 anos de contribuições, no aumento extraordinário de 7,5% para todas as pensões e reformas e na distribuição da riqueza gerada no país pelos trabalhadores.
No final do discurso, Raimundo advertiu que no PCP "não se faz coro com aqueles que querem que a guerra da Ucrânia dure até ao último ucraniano", nem faz como "os hipócritas que falam de tudo o que manda o chefe, mas que se calam, como o chefe manda, perante o genocídio que está em curso perante o povo palestiniano".
O líder do PCP falou ainda da crise na Venezuela após as eleições presidenciais de 28 de julho, cujos resultados, que atribuíram a vitória a Nicolás Maduro, são contestados pela oposição.
"Aqui não se faz coro com aqueles que fosse qual fosse o resultado eleitoral das eleições da Venezuela já tinham decidido há um mês, dois ou três meses, qual deveria ser o vencedor", prosseguiu, concluindo que "o povo decide, mesmo contra a vontade daqueles que assim não o queriam".
"Foi assim que foi e é assim que tem que ser reconhecido", acrescentou.
"Estes 70 dias deste Governo não só não vieram contrariar esse caminho [de desmantelamento do SNS] como vieram acentuá-lo", afirmou o líder comunista, no final de um almoço com apoiantes no Pavilhão Multiusos de Fronteira, no distrito de Portalegre.
"A maioria absoluta do Partido Socialista abriu campo ao desmantelamento do SNS e empurrou para fora do Serviço Nacional de Saúde médicos, enfermeiros e técnicos que fazem cá muita falta", sublinhou.
Porém, para o dirigente comunista, o problema é que, nos primeiros dias do Governo da Aliança Democrática (AD), a situação não foi invertida e até foi agravada, quando era necessário "respeitar médicos, enfermeiros, técnicos, dar-lhes condições de trabalho e valorizar as suas carreiras".
"Façam as visitas que quiserem aos hospitais, levem a delegação que quiserem nessas visitas, vá o primeiro-ministro, o Presidente da República, a ministra da Saúde, o secretário de Estado, façam as inaugurações que quiserem, mas a solução urgente e imediata para resolver o problema é valorizar os trabalhadores", insistiu.
Considerando que outras medidas são "apenas areia para os olhos", Paulo Raimundo defendeu que a valorização dos trabalhadores do SNS "passa completamente ao lado das opções do Governo anterior e das opções acentuadas neste Governo".
Num discurso de quase 30 minutos, o líder comunista também abordou a questão do fecho de urgências hospitalares, defendendo que é preciso "garantir todas as urgências pediátricas e de obstetrícia abertas e ao serviço de quem precisa delas".
No caso das urgências de obstetrícia, o dirigente do PCP vincou que o seu funcionamento é importante para a mulher grávida "não andar, por esse país fora, para trás e para a frente, numa intermitência e em insegurança".
Entre outros assuntos, insistiu no direito à reforma sem penalizações para quem tem 40 anos de contribuições, no aumento extraordinário de 7,5% para todas as pensões e reformas e na distribuição da riqueza gerada no país pelos trabalhadores.
No final do discurso, Raimundo advertiu que no PCP "não se faz coro com aqueles que querem que a guerra da Ucrânia dure até ao último ucraniano", nem faz como "os hipócritas que falam de tudo o que manda o chefe, mas que se calam, como o chefe manda, perante o genocídio que está em curso perante o povo palestiniano".
O líder do PCP falou ainda da crise na Venezuela após as eleições presidenciais de 28 de julho, cujos resultados, que atribuíram a vitória a Nicolás Maduro, são contestados pela oposição.
"Aqui não se faz coro com aqueles que fosse qual fosse o resultado eleitoral das eleições da Venezuela já tinham decidido há um mês, dois ou três meses, qual deveria ser o vencedor", prosseguiu, concluindo que "o povo decide, mesmo contra a vontade daqueles que assim não o queriam".
"Foi assim que foi e é assim que tem que ser reconhecido", acrescentou.