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Passos: “Não sei se haverá necessidade” de programa cautelar

O primeiro-ministro garante que a necessidade de um programa de apoio para que Portugal consiga regressar ao mercado está condicionada ao cumprimento das condições do actual resgate.

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23 de Outubro de 2013 às 17:10
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Pedro Passos Coelho disse, esta quarta-feira, no debate quinzenal, que “não sabe” se haverá necessidade de um apoio a Portugal, além do actual programa de assistência financeira em curso.

 

O líder da oposição, António José Seguro, acusou o Governo de falta de coerência, uma vez que Passos Coelho disse, a 4 de Outubro, que Portugal não iria necessitar de um segundo resgate, e o ministro da Economia anunciou, em Londres, que Portugal já estava a trabalhar num segundo programa.    

 

“Portugal não precisa de um segundo resgate se cumprir as metas que estão estabelecidas. Pires de Lima disse que esperamos poder concluir com sucesso o programa sem requerer nenhum outro. Eu não sei se haverá necessidade (de um programa cautelar)”, esclareceu o primeiro-ministro. “Se for preciso encontrar um mecanismo que nos permita regressar ao mercado de forma apoiada não o deixaremos de fazer. Neste momento não há nenhuma negociação sobre isso”.

 

Se Portugal necessitar de um segundo programa de assistência, defendeu Seguro, a culpa é exclusivamente do primeiro-ministro e do seu Governo.

 

“O senhor garantiu aos portugueses que o programa que estava a ser aplicado teria êxito. Se o nosso País precisar de um segundo é porque o programa não teve êxito e a responsabilidade é sua”, afirmou Seguro. “Ninguém lhe perdoará esse falhanço. Se houver necessidade de um segundo programa a culpa é sua e do seu Governo, e não terá perdão”.

 

Sobre as dúvidas lançadas pelo Partido Socialista, Passos Coelho acusou o seu secretário-geral de só pensar em eleições e querer lançar a confusão no País.  

 

“A tentação do PS em confundir os portugueses com a ideia que Portugal poderá vir a precisar de um segundo resgate é lamentável. No dia em que quiser discutir, sem demagogias, o fecho do nosso programa de assistência eu estou disponível. Para responder a clichés não senhor deputado”, sublinhou Passos. “Quer instalar uma confusão no País. Não é uma forma madura de esclarecer os portugueses”. 

 

Em causa está a recente discussão em torno do final do programa de assistência financeira, com alguns responsáveis a falarem de um programa cautelar, entre outras designações, e outros de um segundo resgates. Saiba quais as diferenças entre as duas soluções.

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