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Parlamento Finlandês aprova resgate a Portugal

Depois do sim da comissão que discute os assuntos ligados à União Europeia, a maioria dos deputados finlandeses votou hoje a favor do resgate a Portugal.

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O Parlamento da Finlândia aprovou hoje, por uma larga maioria, o envolvimento do país no resgate financeiro a Portugal. Esta decisão segue-se ao sim que tinha sido já dado pela comissão parlamentar responsável pela discussão dos assuntos relacionados com a União Europeia. A Finlândia deverá contribuir com mil milhões de euros dos 78 mil milhões que totalizam a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia a Portugal.

A aprovação finlandesa à ajuda vinda do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) contou com 137 votos a favor, 49 contra e sete abstenções. O sim foi assim dado, assim, por cerca de 74% do Parlamento.

No dia 13 de Maio, a Comissão do Parlamento que debate as questões comunitárias tinha-se já mostrado a favor do pacote de ajuda a Portugal, quando do total de 25 deputados que a completam, 15 deram votos favoráveis, ao contrário de cinco votos contra e de cinco abstenções. Contudo, tinham sido aí exigidas condições, como a manutenção da exposição dos credores à dívida do país e a venda de activos portugueses, de forma a que Portugal possa assegurar o reembolo da dívida que contrai com a ajuda.

Os votos que hoje rejeitaram o empréstimo foram os dos partidos Verdadeiros Finlandeses e Left Alliance, de acordo com a agência noticiosa finlandesa STT. Os Verdadeiros Finlandeses, liderados por Timo Soini, tinham já reiterado a sua recusa no debate que teve lugar ontem no Parlamento. Soini defendeu novamente que os resgates não ajudam os países que os recebem.

Opinião contrária tem o ministro das Finanças finlandês, Jyrki Katainen (na foto), que ontem tinha assegurado aos deputados, quando lhes explicava o pacote de ajuda, que a situação em Portugal é crítica e que aceitar a ajuda ia impedir uma nova crise financeira e a entrada da Finlândia numa nova recessão, descreve a publicação “YLE”.

De acordo com a mesma fonte, a Finlândia deverá assegurar mil milhões de euros do total de 78 mil milhões que formam o resgate a Portugal, cujo financiamento se divide entre a União Europeia e o FMI.

O impasse sobre o sim da Finlândia ao auxílio financeiro ao País do sul da Europa tinha causado algumas dúvidas sobre a sua viabilidade. Isto porque o tema foi assunto das campanhas para as legislativas que tiveram lugar naquela nação há pouco tempo. Os Verdadeiros Finlandeses, que foram o terceiro partido mais votado, estavam em discussão para fazerem parte do Governo e tinham dito que não iriam apoiar esse mecanismo.


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