A comissão do Parlamento, responsável pelos assuntos relacionados com a União Europeia, é composta por 25 deputados, sendo que o pacote de ajuda a Portugal recebeu 15 votos favoráveis, cinco abstenções e cinco votos contra.

Esta era já a votação esperada, uma vez que os quatro partidos que formaram o anterior Governo, bem como os sociais-democratas, tinham já garantido que iriam dar luz verde à ajuda a Portugal. Os Verdadeiros Finlandeses, terceiro partido mais votado nas eleições, recusou o apoio e em consequência abandonou as negociações para integrar o próximo executivo.

Depois de vários dias de negociações, os partidos finlandeses chegaram a acordo para aprovar a ajuda, mas esta está condicionada às negociações de Portugal com os seus credores, para que estes mantenham a exposição à dívida do país. Além disso, o compromisso dos partidos finlandeses fica também condicionado à decisão de Portugal vender activos, de modo assegurar que tem condições para reembolsar a dívida.

No âmbito do acordo com a troika, o Governo português comprometeu-se a implementar um “abrangente” programa de privatizações.

“Não vamos participar a menos que não tenhamos garantias”, disse Erkki Tuomioja, presidente da comissão parlamentar onde a ajuda a Portugal foi aprovada, acrescentando que tal “será bom para todos”

"A comissão decidiu apoiar o governo, inclusivamente quanto à participação (da Finlândia) no pacote de ajuda a Portugal, bem como nos mecanismos de estabilidade temporários e permanentes", disse o responsável desta instância parlamentar .

O comissário europeu Olli Rehn já se congratulou com a decisão do parlamento finlandês, que classificou de "responsável", pois "irá contribuir para salvaguarda da estabilidade financeira na Europa e na Finlândia".