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Pacheco Pereira: Sócrates é perigoso e PSD um partido sem estratégia (act)

Pacheco Pereira considera que o PSD é um partido "sem estratégia" definida. Mas "não tem dúvida" sobre em quem votar nas legislativas. Entre Sócrates e Passos Coelho? Passos Coelho. O responsável salienta que Sócrates é "perigoso" e realça que é "um excelente candidato", ainda que não seja bom primeiro-ministro.

29 de Abril de 2011 às 14:42
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Pacheco Pereira considera que o PSD é um partido sem estratégia. Numa entrevista à Antena1, o ainda deputado social-democrata criticou a actual direcção de Passos Coelho e também afirmou que o PSD caiu na armadilha de Sócrates ao provocar uma crise política.

“Acho que [hoje] o PSD está à frente do PS, não por uma grande diferença. Se as eleições fossem hoje o PSD ganhava as eleições, não estou certo que teria condições de formar uma maioria com o CDS”, salienta, considerando que actualmente um cenário de maioria absoluta “não se coloca hoje” em relação a nenhum partido.

Pacheco Pereira acredita que para um partido como PSD, bem como para qualquer outro que esteja na oposição, “estas eleições são muito difíceis. Porque do outro lado está um verdadeiro artista. Se há alguma coisa que primeiro-ministro é, é um bom candidato. Não quer dizer que seja um bom primeiro-ministro, mas bom candidato é. É um excelente candidato. Que sabe manipular muito bem os mecanismos mediáticos”, sublinha.

“Há outro factor, que é mais difícil de medir, que é saber naqueles em que é a exposição mediática não é o fundamental”, mas sim “as dificuldades económicas”, “se entendem que neste contexto mais vale o diabo que já existe ou se o anjo que não conhecem.”

O facto do PSD não estar longe nas intenções de voto em relação ao PS está relacionado, “entre outras coisas, a erros próprios” considera Pacheco Pereira, que diz que não se devia ter desencadeado um “processo eleitoral nesta altura. Acho que José Sócrates desejou eleições e criou uma provocação para ter eleições. E desejou por algo que nunca dirá: percebeu que tinha de pedir ajuda externa. Montou uma armadilha e o PSD caiu na armadilha.”

Pacheco Pereira diz mesmo que “não houve, não há” estratégia política no PSD porque “esta direcção política não a formulou”.

O deputado social-democrata, que ficou fora das listas do PSD para as eleições legislativas que vão decorrer a 5 de Junho, diz “não estar muito entusiasmado” com o processo eleitoral actual, “mas não tenho dúvida nenhuma. Entre Sócrates e Passos Coelho, escolho Passos Coelho, que fique bem claro.”

Na entrevista a Maria Flor Pedroso, Pacheco Pereira diz que considera há muito tempo que Sócrates “é perigoso e que estava a conduzir o País para uma crise considerável, mesmo antes da crise internacional.”

Questionado se votaria em Fernando Nobre para presidente da Assembleia da República, Pacheco Pereira é peremptório: “não. Não mudo o meu ponto de vista sobre Fernando Nobre das eleições presidenciais para as legislativas” e considera que “muito dificilmente os deputados do PSD o farão no voto secreto.”




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