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Oeiras é onde o rendimento anual é maior

Oeiras, Lisboa e Cascais têm rendimentos anuais por pessoa singular maiores que a mediana nacional. O rendimento em 2019 aumentou a nível nacional.

Oeiras subiu duas posições na lista dos melhores concelhos para se viver. Ocupa a nona posição.
27 de Julho de 2021 às 12:11
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O rendimento anual bruto mediano declarado em Portugal foi de 9.539 euros em 2019, mais 4,5% que no ano anterior. Este foi um ano em que a pandemia não tinha ainda chegado a Portugal, podendo os valores de 2020 mudar. O próprio INE alerta para "o impacto económico da crise pandémica, particularmente desfavorável para a fileira do turismo, e a forte concentração territorial desta atividade, antecipam efeitos fortemente assimétricos dentro e entre as economias locais e, consequentemente, nos rendimentos das famílias que delas dependem". É que o INE realça existir um padrão nos municípios com maior procura turística, que registam um nível de rendimento e da assimetria da sua distribuição menor do que a verificada no país.

Mas, com base no IRS liquidado em 2019, o INE conclui que "todos os municípios acompanharam esta tendência de crescimento, mas apenas um quinto apresentou valores medianos superiores ao verificado no país: os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML), 19 municípios no Centro, 13 no Alentejo, 7 no Norte, 4 na Região Autónoma dos Açores, 3 na Região Autónoma da Madeira e apenas Faro no Algarve".

Os valores declarados mais elevados foram registados em Oeiras - 14.009 euros -, Lisboa - 12.898 euros - e Cascais - 11.859 euros. 65 municípios estão com valores acima da referência nacional, estando na região Norte os valores mais baixos. "Destacaram-se 42 municípios com valores acima de 10 mil euros por sujeito passivo, mais 10 municípios do que em 2018". Já com valores acima de 11.500 euros além de Oeiras, Lisboa e Cascais está também Alcochete. Na área metropolitana de Lisboa todos os 18 municípios "apresentaram valores medianos superiores a 10 mil euros". 

Na área metropolitana do Porto, os valores mais elevados foram vistos no Porto (11.181 euros), Maia (10.725 euros) e Matosinhos (10.371 euros).

Considerando toda a Área Metropolitana de Lisboa o rendimento bruto totalizou 11.283 euros, enquanto na Região de Coimbra foi de 9.715 euros, na Região de Leiria 9.709 euros, no Alentejo Central 9.655 euros e na Região de Aveiro 9.579 euros. Os rendimentos medianos mais baixos foram registados no Alto Tâmega (7.531 euros) e no Tâmega e Sousa (7.843 euros).

Considerando o rácio P80/20, que afere a assimetria entre os rendimentos mais elevados e os mais baixos - rácio que traduz o número de vezes que o rendimento do sujeito passivo situado no percentil 80 é superior ao rendimento do sujeito passivo do percentil 20 –, em Portugal o valor situava-se nos 2,8. Mas olhando para Lisboa atingia os 3,7 vezes; no Porto 3,6; em Cascais 3,4 vezes. O menor rácio, ou seja, a menor assimetria registava-se em Vizela, que estava com um indicador de duas vezes.

A menor amplitude de rendimentos registou-se na Lezíria do Tejo, com o menor valor a situar-se na Chamusca nos 8.420 euros e o maior em Santarém nos 9.867 euros, uma diferença de 1.447 euros. Já a maior amplitude registou-se na Área Metropolitana de Lisboa com Oeiras nos 14.009 euros e Moita nos 10.053 euros, uma diferença de 3.956 euros.

Em 2019, os 20% dos sujeitos passivos com rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado mais baixos tinham valores até 5.725 euros, ou seja, 60% do valor mediano (9.539 euros), mas 35% do valor no percentil mais elevado 16.248 euros.

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