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Poder de compra em Lisboa duplica a média nacional
Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE) e referem-se aos rendimentos de 2019, anteriores à crise gerada pela pandemia. Os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto aparecem destacados.
O poder de compra per capita no município de Lisboa duplica a média nacional, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística revelados esta quinta-feira, dia 4 de novembro.
A informação que tem em conta os rendimentos brutos declarados para efeito de IRS revela que em 2019, ainda antes da crise gerada pela pandemia, em 32 dos 308 municípios portugueses o poder de compra estava acima da média nacional, destacando-se os territórios metropolitanos de Lisboa e Porto.
"O município de Lisboa apresentava o índice de poder de compra mais elevado (205,62, o que compara com a média de 100), sendo o único município a duplicar o índice nacional", conclui o INE.
Nas primeiras 15 posições estão mais três municípios da área metropolitana de Lisboa: Oeiras (153), Alcochete (120) e Cascais (118).
Desta lista de 15 municípios constam ainda quatro da área metropolitana do Porto: Porto (154), Matosinos (131), São João da Madeira (131) e Maia (111).
Quase metade dos municípios (45%) apresentavam valores abaixo de 75.
"Dos 10 municípios com menor poder de compra per capita manifestado, seis pertenciam ao Interior da região Norte, três à Região Autónoma da Madeira e um à região Centro", diz o INE.
Entre estes estão Tabuaço (56), Celorico de Basto (57), Ponta do Sol (58), Santa Marta de Penaguião (59) e Cinfães (59), releva a informação mais detalhada.
Em resposta ao Negócios, o INE explica que o indicador de poder de compra constitui um "indicador síntese" que considera variáveis, incluindo por exemplo o rendimento bruto (declarado para efeitos de IRS), o valor das compras através de terminais de pagamento automático, o valor dos levantamentos em multibanco ou até o crédito concedido para habitação.
Questionada sobre se o indicador tem em conta o nível de preços em cada município, fonte oficial do INE responde que "a seleção das variáveis originais privilegia a ótica de utilização do rendimento, procurando minimizar a seleção de variáveis ligadas à produção".
Notícia atualizada às 13:19 com mais informação