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OCDE apela a BCE para baixar juros da Zona Euro
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no relatório com as previsões da Primavera, reviu em baixa as previsões de crescimento económico para a Zona Euro apelando ao Banco Central Europeu para reduzir a taxa de juro de referência
24 de Maio de 2005 às 15:09
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no relatório com as previsões da Primavera, reviu em baixa as previsões de crescimento económico para a Zona Euro apelando ao Banco Central Europeu para reduzir a taxa de juro de referência. A nível mundial, o crescimento económico também deverá abrandar.
A OCDE reduziu as previsões de crescimento para a Zona Euro de 1,8%, em 2004, para 1,25% este ano, antes de recuperar para cerca de 2% em 2006. A procura interna «será o principal motor de crescimento, juntamente com uma melhoria no investimento das empresas e no consumo». O diferencial de crescimento face ao seu potencial vai «permanecer negativo e a taxa de desemprego em cerca de 8,5% mas deverá cair ligeiramente em 2006».
Ao rever em baixa o PIB para a Zona Euro, a organização apelou ao BCE para reduzir a sua taxa de juro de referência do valor mínimo de 60 anos nos 2%, que tem permanecido nesse valor desde Junho de 2003. Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, tem repetido que o cenário de uma descida dos juros na Zona Euro, já num mínimo de 60 anos nos 2%, não se coloca nesta altura.
«Penso que uma mudança na política da taxa poderia ajudar a economia a andar para a frente, a estabilizar os preços e eliminar alguns riscos associados ao cenário, nomeadamente a apreciação futura do euro», disse o director económico Jean-Philippe Cotis da OCDE, citado pela Bloomberg, acrescentando que «a diminuição das taxas de juro poderão talvez permitir-nos que estimemos um maior crescimento».
A OCDE reviu em baixa as estimativas de crescimento a nível mundial citando um abrandamento pior na Europa e a subida dos preços da Energia. A organização espera que os seus 30 países membros se expandam 2,6% este ano, abaixo das anteriores previsões semi-anuais em Novembro de 2,9% e do crescimento de 2004 de 3,4%. Em 2006, o crescimento vai atingir os 2,8% em vez de 3,1%. A OCDE não incluiu o Brasil, a China e a Índia.
Para os EUA, a OCDE prevê um crescimento económico de 3,6% em 2005 contra 3,3% anteriormente estimados.
