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O Governo vai ser remodelado?

Dificilmente. Os politólogos com quem o Negócios falou entendem que, ultrapassado o "caso Relvas", o Executivo ganhou um "balão de oxigénio" que lhe vai permitir postergar uma eventual mexida no elenco governativo até, provavelmente, ao início do próximo ano, a tempo das autárquicas de Outubro.

O Governo vai ser remodelado?
30 de Agosto de 2012 às 09:00
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Dificilmente. Os politólogos com quem o Negócios falou entendem que, ultrapassado o "caso Relvas", o Executivo ganhou um "balão de oxigénio" que lhe vai permitir postergar uma eventual mexida no elenco governativo até, provavelmente, ao início do próximo ano, a tempo das autárquicas de Outubro.

Contudo, quando a remodelação acontecer, o primeiro-ministro terá um candidato preferencial: o mesmo Miguel Relvas, que depois de polémicas ligadas aos serviços secretos e a pressões sobre o "Público" viu ser posta em causa a forma como se licenciou.


A avaliação da troika também será fundamental, no entender do politólogo António Costa Pinto, para uma eventual remodelação. "Vai depender muito do tipo de compromisso que saia da renegociação com a troika", explica. "Se houver um adiamento de metas, o primeiro-ministro pode pensar até que ponto será necessário um novo rumo", o que justificaria uma mexida. De qualquer forma, "Passos Coelho tem evitado a todo custo remodelar ministros quando estes cometem erros". A acontecerem mudanças depois da avaliação da troika, elas estarão imunes à pressão da conjuntura, antecipa António Costa Pinto, o que contribui para passar "uma imagem de credibilidade do Governo".

José Adelino Maltez também atribui importância à avaliação da troika, mas acredita que uma eventual remodelação será arrastada. "O Governo teve pontos fracos, como Álvaro Santos Pereira ou Miguel Relvas, mas venceu-os", observa. "Ganhou algum oxigénio para cumprir esta fase das privatizações. Até ao final do ano não deve haver mexidas", antecipa.

As eleições autárquicas são apontadas, nas distritais do PSD, como um bom pretexto para retocar o Executivo, até porque alguns secretários de Estado – Marco António Costa, em Gaia, ou Almeida Henriques, em Viseu – são vistos como candidatos no acto eleitoral.

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