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O dia num minuto: Mexidas no Banco de Portugal, prejuízos na TAP, ganhos no BCP e avisos do FMI

Elisa Ferreira e Máximo dos Santos reforçam a administração do Banco de Portugal, o FMI revelou perspectivas pouco favoráveis  para a banca portuguesa e o BCP disparou 10%.

Miguel Baltazar
Negócios 13 de Abril de 2016 às 20:19
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Elisa Ferreira no Banco de Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa, talvez com saudades do tempo em que antecipava notícias quando era comentador da TVI, revelou na terça-feira que havia um eurodeputado português que iria ocupar um cargo financeiro em Portugal. Esta quarta-feira confirmou-se que será Elisa Ferreira a sair de Bruxelas, tendo o Banco de Portugal como destino. A ainda eurodeputada irá ocupar o lugar deixado vago por António Varela, que deixou de ser vice-governador, e ficará com a pasta da supervisão bancária.  Luís Máximo dos Santos, que lidera do BES mau, também vai entrar para a administração da instituição liderada por Carlos Costa.

FMI pede choque orçamental. Os bancos centrais já têm uma margem de manobra limitada pelo que têm que ser os Governos, sobretudo dos países com mais poder de fogo orçamental, a injectarem dinheiro na economia. Este pedido de choque orçamental aos países mais ricos foi feito pelo FMI, que para a Zona Euro sugere mais investimento público, aproveitando qualquer flexibilidade que exista no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Num artigo assinado pelo ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar, o FMI cita a Alemanha como um dos países com necessidades de infra-estrutura e com margem orçamental para aumentar o investimento público.

 

Bancos portugueses penalizados pelos juros negativos. Os bancos portugueses são os mais afectados pelas taxas de juro negativas que estão a ser praticadas pelos bancos centrais. A conclusão é do FMI, que estima um impacto negativo de 40% nos lucros antes de impostos da banca nacional, uma perda bem superior à prevista para os bancos alemães, que surgem em segundo lugar (-25%). A instituição liderada por Christine Lagarde inclui ainda Portugal (a par da Grécia e Itália) no lote dos países que são mais castigados com o volume de crédito malparado. No relatório publicado esta quarta-feira, o FMI acrescenta que "aumentaram" os riscos para a estabilidade financeira e nível global.

 

Grupo TAP com prejuízos. Foi o sétimo ano consecutivo de resultados líquidos negativos. O Grupo TAP fechou 2015 com prejuízos de 99 milhões de euros, um valor que a companhia aérea justifica com os 91,4 milhões de euros relativos às receitas que estão retidas nas Venezuela. Os prejuízos, que duplicam os números de 2014, foram os mais elevados desde 2008. As contas da transportadora aérea têm nos últimos anos sido penalizadas pela actividade de 'handling', através da participada Groundforce, e da cronicamente deficitária da TAP Manutenção e Engenharia Brasil, comprada em 2007.

 

Católica esmaga previsões para economia portuguesa. A Católica reviu em forte baixa as suas previsões de crescimento para a economia portuguesa (de 2% para 1,3% este ano e 2,2% para 1,7% em 2017). É agora a instituição mais pessimista para Portugal (o FMI vê o PIB a crescer 1,4%), sendo que para o primeiro trimestre do ano avança também com perspectivas pouco animadoras (crescimento homólogo de 0,8%). A Católica identifica vários riscos que pendem sobre a economia portuguesa, como a consolidação das Finanças públicas, antecipando que o défice vai ficar em 3,1%, bem acima da meta do Governo (2,2%). E alerta que a necessidade do Governo implementar mais medidas de austeridade pode representar um travão adicional ao crescimento.  

  

China impulsiona bolsas. Depois de muitas sessões a penalizar os mercados financeiros em todo o mundo, a China deu agora o mote para um dia de valorizações acentuadas. A notícia de que as exportações na segunda maior economia do mundo subiram 11,5% em Março motivou ganhos na ordem dos 2% nas praças europeias, numa sessão em que o sector financeiro esteve em destaque. Em Lisboa o PSI-20 ganhou quase 2% com as acções do BCP a dispararem 10%.

Secretário estado sai em profundo desacordo. Depois da saída de João Soares do ministério da Cultura, o Governo de António Costa sofreu mais uma baixa, desta vez na Educação. O secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Wengorovius Meneses, saiu do Executivo em "profundo desacordo" com o ministro da Educação em relação às políticas seguidas e "ao modo de estar" no exercício de cargos públicos. Tiago Brandão Rodrigues escolheu João Paulo Rebelo para secretário de Estado, que tomará posse esta quinta-feira, tal como o novo ministro da Cultura Luís Filipe Castro e Miguel Honrado, como secretário de Estado da Cultura. Além de ter sofrido duas baixas no seu elenco, Costa vê Azeredo Lopes pressionado na Defesa. 

 

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