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O dia num minuto: As “salutares bofetadas”, a semântica no resgate a Angola e os juros da dívida

O dia começou com a polémica das “bofetadas salutares” de João Soares. Teve Mário Centeno a lançar farpas a Maria Luís na comissão parlamentar de inquérito do Banif. E o ministro angolano das Finanças a dizer que não houve um resgate.

João Soares - Cultura: O filho de Mário Soares foi o segundo mais recordado instantaneamente pelos inquiridos pela Aximage na semana passada e não é pelas melhores razões: 10,4% apontaram-no como o pior ministro do Executivo, batendo até o titular da pasta das Finanças no concurso da impopularidade. Deputado desde 1987, João Soares tem 66 anos e, entre outros cargos, já foi também eurodeputado e presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
07 de Abril de 2016 às 20:29
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As bofetadas de João Soares, "um homem pacífico". "Estou a ver que tenho de o procurar, a ele e já agora ao Vasco Pulido Valente, para as salutares bofetadas. Só lhes podem fazer bem. A mim também". É a frase da polémica do dia. Escrita por João Soares na sua página no Facebook. Os visados são dois colunistas do Público, o já nomeado Vasco Pulido Valente, e Augusto M. Seabra, autores de dois textos bastante críticos do ministro da Cultura. Augusto M. Seabra reagiu e considerou que a ameaça de João Soares é "inqualificável". Esse foi também o adjectivo usado pelo vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Hugo Lopes Soares, que não pediu a demissão do governante, ao contrário de Sérgio Azevedo, também vice-presidente da bancada. João Soares veio lamentar as afirmações: "Peço desculpa se os assustei". "Sou um homem pacífico, nunca bati em ninguém", garante.

 

Centeno acusa Maria Luís de ter desistido do Banif. Maria Luís Albuquerque e o regulador foram os alvos do ministro das Finanças na comissão parlamentar de inquérito ao caso Banif. Segundo Mário Centeno, "a situação do Banif foi sendo arrastada ao longo dos últimos três anos pelos intervenientes com responsabilidades políticas e de supervisão". "Ficou claro que o Governo anterior tinha desistido de encontrar uma solução para o Banif há mais de um ano", acusou mesmo o ministro". Mário Centeno disse ainda que a liquidação do banco, uma alternativa à injecção de capital público que totalizou cerca de 2.400 milhões de euros, teria um custo superior a 5.000 milhões. Explicou ainda que integrar o Banif na CGD teria os mesmos custos que a venda ao Banif.

Parecer parlamentar dá luz verde a Maria Luís. O projecto de parecer da subcomissão parlamentar de Ética do Parlamento considera que não há incompatibilidade entre o desempenho do cargo de deputada por Maria Luís Albuquerque e a função de administradora não executiva do grupo financeiro britânico Arrow Global. No entanto, recomenda uma declaração ao TC. O projecto de parecer, distribuído na quarta-feira às várias bancadas parlamentares, vai merecer eventuais propostas de alteração dos diversos grupos parlamentares até sexta-feira, data para a qual está agendada a discussão e votação, a partir das 8:30, pela subcomissão de Ética – à porta fechada, por norma.

 

Draghi satisfeito com possível "plano B" do Governo. A reunião foi à porta fechada, mas o BCE divulgou a intervenção que Mario Draghi fez no início do Conselho de Estado. O presidente da autoridade monetária manifestou satisfação por "a Comissão Europeia considerar que o projecto de plano orçamental para 2016 não revelava um incumprimento particularmente grave" do PEC. Mas não deixou de revelar preocupação com o rumo das contas públicas portuguesas, elogiando a abertura do Governo para avançar com um "plano B" caso a execução orçamental descarrile. Draghi disse que o BCE acolhe "com agrado o compromisso das autoridades portuguesas em preparar medidas adicionais, destinadas a ser implementadas quando necessário" para garantir que Portugal não se deixa cair numa violação grave". Carlos Costa, o governador do Banco de Portugal, também esteve na reunião. 

Presidente deu posse a novos conselheiros. Marcelo Rebelo de Sousa deu esta quinta-feira posse a seis novos conselheiros de Estado. Para além de Cavaco Silva, tomaram posse as cinco personalidades indicadas pelo novo Presidente: o ex-dirigente do CDS-PP António Lobo Xavier, o antigo primeiro-ministro António Guterres, o ensaísta Eduardo Lourenço, o antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes e a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza. Do Conselho de Estado fazem ainda parte Carlos César (PS), Francisco Louçã (BE), Domingos Abrantes (PCP), Pinto Balsemão (PSD) e Adriano Moreira (CDS-PP). A primeira reunião do Conselho de Estado da era Marcelo discutiu o Plano de Reformas que o Governo tem de apresentar a Bruxelas.

Risco da dívida pública portuguesa em alta. As taxas de juro da dívida pública portuguesa estiveram em forte alta pela segunda sessão consecutiva esta quinta-feira, elevando o diferencial face às obrigações alemãs para 330 pontos base, um máximo desde Fevereiro. A "yield" dos títulos de dívida portuguesa a 10 anos subiram 24 pontos base para 3,42%, um máximo desde Fevereiro, mês em que os juros chegaram a tocar nos 4%. Nos restantes países periféricos da Zona Euro a tendência também é de agravamento. A Bloomberg relaciona este aumento de juros na periferia com as notícias da banca italiana.

Angola diz que não está sob resgate do FMI. A semântica tomou conta do pedido de assistência financeira de Angola ao FMI, com Luanda a dizer que o país não pediu um resgate, antes fez um pedido para diversificar a economia. A posição foi assumida em conferência de imprensa, em Luanda, com o ministro das Finanças angolano, Armando Manuel, a insistir que o apoio solicitado se enquadra num Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility - EFF), e não num resgate financeiro. Até porque, insistiu, a dívida pública angolana "não tem pressão" no curto prazo. "Percebeu-se como se tratando de um resgate. Em momento nenhum terá sido escrito um resgate [na informação aos mercados sobre o apoio do FMI]. Então, é uma questão de percepção, naturalmente", disse, questionado pelos jornalistas.







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