A CPCI revela que, em Março, foram realizados investimentos no valor total de 54 milhões de euros, no âmbito do programa vistos gold. Este valor compara com os 62 milhões de euros captados em Fevereiro e com a média mensal de 77 milhões de euros.

"Esta evolução menos positiva deve-se ao investimento imobiliário, que atinge 45 milhões de euros, menos 10 milhões do que no mês anterior, enquanto que as transferências de capital, com 9 milhões de euros investidos, crescem 2 milhões, face ao mês de Fevereiro", revela a confederação em comunicado.

A CPCI relaciona este comportamento com a nova legislação que deverá entrar em vigor em breve. Paulo Portas, vice-primeiro-ministro, anunciou a 24 de Fevereiro, novas regras para serem aplicadas neste programa dos vistos gold.

"Por nacionalidades, os cidadãos chineses continuam a representar 80% do total de investidores estrangeiros. Brasil (4%), Rússia (3%), África do Sul (2%) e Líbano (2%), assumem-se como os restantes países mais significativos, em volume de investimento", acrescenta a mesma fonte.

Um factor que também afectou os investimentos relacionados com este programa foi o escândalo de alegada corrupção que está a ser investigado. Este processo, que levou à detenção do director do SEF, Manuel Palos, e do presidente, do Instituto de Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo, provocou uma queda de investimento entre Novembro e Janeiro.