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Mundo arrisca "consequências catastróficas"

O secretário-geral da ONU fez hoje um apelo dramático aos líderes mundiais para que cheguem rapidamente a acordo sobre uma estratégia global de combate às alterações climáticas, advertindo que, na ausência de medidas céleres e drásticas, o planeta arrisca "consequências catastróficas".

11 de Agosto de 2009 às 15:50
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O secretário-geral da ONU fez hoje um apelo dramático aos líderes mundiais para que cheguem rapidamente a acordo sobre uma estratégia global de combate às alterações climáticas, advertindo que, na ausência de medidas céleres e drásticas, o planeta arrisca “consequências catastróficas”. Ban Ki-moon falava em Incheon, uma localidade próxima de Seul, capital da Coreia do Sul, onde decorre um encontro de especialistas do Ambiente.

Numa altura em que já se entrou em contagem decrescente para a conferência de Copenhaga, que em Dezembro deverá definir como será dado seguimento ao Protocolo de Quioto (que expira em 2012), o número um das Nações Unidas adverte para o cenário de as alterações climáticas poderem gerar tumultos generalizados em todo o mundo.

As advertências de Ban Ki-moon parecem particularmente dirigidas às grandes potências emergentes, como a China e a Índia, que recusam “atar as mãos” das suas indústrias com constrangimentos de natureza ambiental, a menos que sejam apoiadas pelos países mais ricos, que mais poluíram ao longo das últimas décadas. Mas os recados podem igualmente ter como alvo os Estados Unidos, o grande ausente do Protocolo de Quioto.

Na sua primeira visita à Europa, em Abril, Barack Obama assegurou que quer ver o seu país liderar o combate mundial às alterações climáticas, mas, desde então, pouco concretizou e o receio é que, sob o pretexto da crise, os Estados Unidos adiem a imposição de normas mais exigentes de emissões de gases poluentes às suas indústrias. Recorde-se que, em 2007, o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) recomendou reduções de 25% a 40% nas emissões de CO2 até 2020, de modo a manter o aquecimento global dentro de limites considerados aceitáveis pelos cientistas.
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