Notícia
Moody's prevê que 60% dos países da Zona Euro vão estar em recessão este ano
A agência de notação financeira considera que a perspetiva de crédito para os países da Zona Euro é negativa este ano devido a uma recessão projetada para 60% destes países e à crise energética.
16 de Janeiro de 2023 às 15:52
Num relatório de análise que não constitui uma ação de rating, divulgado esta segunda-feira, a agência de notação financeira prevê que 60% dos países da Zona Euro estarão em recessão este ano, com a contração das economias na Alemanha, em Itália e Eslováquia a cortar o PIB destes países abaixo dos níveis pré-pandemia.
"As medidas de apoio a nível nacional e da União Europeia e a redução da interrupção nas cadeias de abastecimentos globais vão atenuar alguns desses efeitos, mas ainda prevemos que 60% dos soberanos da Zona Euro irá estar em recessão em 2023", disse Heiko Peters, analista na Moody's.
A Moody's explica assim que a perspetiva para a qualidade de crédito soberana na Zona Euro em 2023 é negativa, já que a crise energética, o aumento das taxas de juros e a desaceleração do crescimento global irão desencadear uma leve recessão.
Para a agência, a acrescentar a este cenário, caso se concretize, a estagflação poderá ter "graves consequências" para a avaliação de alguns soberanos do sul da Europa.
A longo prazo, os preços elevados da energia "também podem enfraquecer a competitividade de preços da região e levar a um declínio estrutural nas bases industriais na ausência de uma ação efetiva dos governos".
Realçando que embora não seja o cenário base da Moody's, a agência assinala que uma escalada do conflito Rússia-Ucrânia que envolva os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) ou da União Europeia teria implicações negativas de crédito.
"As medidas de apoio a nível nacional e da União Europeia e a redução da interrupção nas cadeias de abastecimentos globais vão atenuar alguns desses efeitos, mas ainda prevemos que 60% dos soberanos da Zona Euro irá estar em recessão em 2023", disse Heiko Peters, analista na Moody's.
Para a agência, a acrescentar a este cenário, caso se concretize, a estagflação poderá ter "graves consequências" para a avaliação de alguns soberanos do sul da Europa.
A longo prazo, os preços elevados da energia "também podem enfraquecer a competitividade de preços da região e levar a um declínio estrutural nas bases industriais na ausência de uma ação efetiva dos governos".
Realçando que embora não seja o cenário base da Moody's, a agência assinala que uma escalada do conflito Rússia-Ucrânia que envolva os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) ou da União Europeia teria implicações negativas de crédito.