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Montenegro atira sobre “camarada Pedro" e "cinderela Mortágua”

“Deus nos livre de ter um radical no Governo”, disse o líder social-democrata no discurso de abertura do congresso do PSD.

António Pedro Santos/Lusa
25 de Novembro de 2023 às 11:29
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Luís Montenegro considera que Pedro Nuno Santos representa um regresso a tempos de radicalismo.

O líder social-democrata aproveitou o facto de o 41.º congresso do PSD decorrer a 25 de Novembro para dizer que o país tem de recusar um novo executivo apoiado pela esquerda e "dizer não ao gonçalvismo numa versão moderna batizada de geringonça"

A analogia com o período após a revolução de 1974, e especificamente os governos de Vasco Gonçalves que durante o PREC nacionalizaram vários setores da economia, continuou com ataques que se alargaram também ao Bloco de Esquerda (BE): "Não se chama camarada Vasco, chama-se camarada Pedro e tem uma cinderela chamada camarada Mortágua", afirmou Montenegro.

"Quando se vem do PS para o PSD entramos na moderação, indo do PSD para o PS entramos no radicalismo", afirmou.

Num discurso que consistiu na sua vasta maioria em críticas aos socialistas, Montenegro considerou que o país não pode dar o Governo ao PS: "Deus nos livre de ter um radical no Governo", afirmou, acusando o antigo ministro das Infraestruturas de imaturidade.

Fazendo uma referência breve a José Luís Carneiro "que liderou a confusa extinção do SEF", Montenegro dedicou grande parte dos quase 30 minutos da intervenção de abertura no congresso em Almada para atirar sobre Pedro Nuno Santos, recordando o episódio em que o então ministro das Infraestruturas decidiu a localização do aeroporto - sendo de imediato desautorizado pelo primeiro-ministro -, para ironizar afirmando que houve um dia em que o então governante acordou e disse ao espelho "Espelho meu, quem decide um aeroporto mais rápido do que eu".

"48 anos depois o PS não derrubou muro nenhum, saltou o muro para o lado de lá", avisou o presidente do PSD, criticando a possibilidade de o país ser governado por uma nova geringonça.

Montenegro recusou mais uma vez um entendimento com o Chega. "Não vou abrir a porta ao radicalismo e ao extremismo", garantiu, apontando a mira, também nesse aspeto, ao PS. "Quanto mais se batem, mais gostam um do outro", disse sobre os socialistas e o partido de André Ventura.
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