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Ministro das Finanças defende que este é o momento para o TGV

Apesar de ter referido que "não é o TGV nem o novo aeroporto de Lisboa que servem de muleta para alavancar o investimento público", Fernando Teixeira dos Santos defendeu ontem que o País não pode adiar os grandes projectos que estão planeados.

19 de Maio de 2009 às 07:28
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Apesar de ter referido que “não é o TGV nem o novo aeroporto de Lisboa que servem de muleta para alavancar o investimento público”, Fernando Teixeira dos Santos defendeu ontem que o País não pode adiar os grandes projectos que estão planeados.

O ministro das Finanças, que marcou presença num encontro promovido pela Associação Comercial do Porto no Palácio da Bolsa, referiu que Portugal “não pode perder oportunidades” sob pena de perder peso no cenário internacional.

“Adiar projectos de investimento é perder oportunidades e é adiar o reforço do nosso posicionamento como porta de entrada na Europa”, sustentou ontem Fernando Teixeira dos Santos.

Durante o encontro, que contou com uma série de empresários e responsáveis políticos na plateia, o ministro das Finanças criticou quem defende o adiamento dos grandes projectos de investimento público. “Uma das críticas é daqueles que dizem que estes investimentos vão onerar as gerações futuras. Ora, se não os fizermos agora, não iremos onerar as gerações futuras à mesma se só avançarmos daqui a três ou quatro anos? Mais vale dizer que se é contra”, disse. “Depois, diz-se que não se deve avançar porque as condições de financiamento não são as melhores. Mas, felizmente e tendo em conta a evolução dos mercados financeiros, não está colocado o cenário mais dramático ao nível do financiamento”, acrescentou.

A argumentação do ministro das Finanças focou ainda os que se opõem por natureza ao investimento público. “No início da década, o investimento público representava 3,9% do PIB. Em 2007/2008, representava 2,2%. Por isso, não compreendo porque se fala tanto em investimento público quando ele caiu de facto”, afirmou.

Fernando Teixeira do Santos referiu ainda que há uma série de investimentos públicos em curso que não têm grande notoriedade, tendo surgido aí a questão da muleta. “Nem o TGV nem o novo aeroporto de Lisboa servem de muleta para alavancar o investimento público e lutar contra a crise”, defendeu.

Refira-se que o ministro das Finanças não respondeu a uma solicitação do presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, que queria saber da disponibilidade do Governo para permitir uma gestão privada e autónoma do Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

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