Notícia
Ministra com missão "complexa" volta a cruzar-se com o Grupo Mello
"É uma missão complexa, mas... vamos ver". Foi assim que Ana Jorge, a pediatra do hospital Garcia de Orta que será a futura ministra da Saúde, respondeu quando questionada pelo Jornal de Negócios sobre o que fará com a política de Saúde do Governo.
"É uma missão complexa, mas... vamos ver". Foi assim que Ana Jorge, a pediatra do hospital Garcia de Orta que será a futura ministra da Saúde, respondeu quando questionada pelo Jornal de Negócios sobre o que fará com a política de Saúde do Governo.
A cautela é grande, pois Ana Jorge ainda espera uma reunião com o primeiro-ministro para discutir o novo cargo, que ontem aceitou. Uma cautela à qual não será alheia a experiência difícil por que passou devido às contas do Hospital Amadora-Sintra. Um caso que a levará a julgamento no Tribunal de Contas.
De 1997 a 2000, a mais recente aquisição do Executivo esteve envolvida - como presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo - no caso em que o Estado foi lesado em vários milhões de euros, alegadamente porque os responsáveis da ARS descuraram os mecanismos de acompanhamento e controlo do contrato de gestão com a Mello Saúde, que gere o hospital.
Os responsáveis da ARS foram ilibados e o caso foi arquivado. A ironia da história volta a colocar o grupo Mello no caminho de Ana Jorge. Isto porque o contrato de concessão do Amadora-Sintra termina este ano, e caberá à nova ministra o ónus da decisão sobre a nova parceria.