Manuel Pinho e a mulher Alexandra Pinho poderão ter encaixado mais de cinco milhões de euros com os alegados crimes de que são suspeitos no caso EDP, segundo avança o
. O ex-governante vai ficar em prisão domiciliária, a menos que pague uma caução de seis milhões de euros. Esta é a maior caução de sempre na justiça portuguesa, o que poderá ser justificado pelo montante arrecadado.
Já Alexandra Pinho está sujeita a uma caução de um milhão de euros e apresentações quinzenais. Os dois foram obrigados a entregar os passaportes. Na sessão desta quarta-feira, o Ministério Público pediu a prisão preventiva para Manuel Pinho. Antes das diligência, o advogado do antigo ministro Manuel Pinho afirmou estar convencido de que o MP não iria promover a prisão preventiva, mas salientou estar preparado para todos os cenários.
O antigo ministro da Economia foi detido na terça-feira de manhã, após comparecer para interrogatório no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, em Lisboa. Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo.
No processo EDP/CMEC, o Ministério Público imputa aos antigos administradores António Mexia e Manso Neto, em coautoria, quatro crimes de corrupção ativa e um crime de participação económica em negócio.
O caso está relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) no qual Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.
O processo tem ainda como arguidos o administrador da REN e antigo consultor de Manuel Pinho João Conceição, Artur Trindade, ex-secretário de Estado da Energia de um Governo PSD, Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas, e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado.