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Miguel Macedo: MAI "não deve nada", mas é sensível às dificuldades

O Ministério da Administração Interna (MAI) "não deve nada" aos bombeiros, mas é sensível às suas dificuldades, tendo já atribuído um "reforço" de 780 mil euros às corporações que registaram mais actividade operacional em 2012, disse hoje Miguel Macedo.

01 de Abril de 2012 às 19:29
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O Ministério da Administração Interna (MAI) "não deve nada" aos bombeiros, mas é sensível às suas dificuldades, tendo já atribuído um "reforço" de 780 mil euros às corporações que registaram mais actividade operacional em 2012, disse hoje Miguel Macedo.

"Sou um homem de boas contas. O MAI não deve nada do que é da sua responsabilidade às corporações de bombeiros, afirmou o ministro da Administração Interna, destacando a importância desta realidade por Portugal ser "um país que não paga ou então que paga tarde".

Miguel Macedo lembrou que em Março determinou a antecipação da entrega de 400 mil euros às cem corporações de bombeiros que tiveram mais actividade nesse mês.

Já em Fevereiro, o ministro tinha determinado a antecipação de 386.000 euros às corporações sob maior pressão devido à ocorrência anormal de incêndios.

"Esta antecipação significa reforço", explicou, para assegurar que as corporações vão continuar a receber normalmente todas as outras verbas previstas para este ano.

Disse também que vai ser decidido, ainda esta semana, um "aumento importante" das verbas para pagar as refeições dos bombeiros.

O ministro falava na sessão solene do 28º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Viatodos, Barcelos, depois de ter ouvido o vice-presidente da Liga Portuguesa dos Bombeiros, Rui Silva, dizer que as corporações estão a "definhar", por falta de meios financeiros.

Na sessão, falou também o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Braga, Marinho Gomes, que criticou os dois meios aéreos que na última semana ficaram "estacionados no Algarve", numa altura em que o norte estava "assolado" por incêndios florestais.

"Compreendo que não pode acontecer nada no Algarve, por causa do turismo, mas o norte estava todo a arder e os meios aéreos são cruciais na primeira intervenção", afirmou.

Marinho Gomes criticou ainda o facto de, perante as condições climatéricas dos últimos meses, nunca ter sido accionado o sistema de vigilância.

"Sem esse sistema accionado, quando chegamos ao incêndio já encontramos uma grande área a arder, o que nos dificulta muito o combate", referiu.

Na resposta, Miguel Macedo lembrou que na semana passada estiveram operacionais seis meios aéreos para combate aos incêndios e que as operações no terreno e a operacionalização do dispositivo "têm uma grande componente técnica", não sendo decididas pelo Governo, mas por entidades como a Autoridade Nacional para a Proteção Civil.

"O que eu posso assegurar é que não vai ser por qualquer constrangimento orçamental que essas decisões deixarão de ser tomadas", afirmou o ministro.

Miguel Macedo anunciou que, em parceria com o Ministério da Agricultura, vai ser lançada uma "prolongada e estruturada" acção de limpeza das florestas e apelou à "sensatez" da população aquando da realização de queimadas.

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